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Momento da entrada do caixão com o corpo de Saramago no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa | Patricia de Melo Moreira/AFP
Momento da entrada do caixão com o corpo de Saramago no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa| Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP

Lisboa - O velório do escritor português José Saramago, morto na sexta-feira aos 87 anos, teve início on­­tem às 16 horas (12h de Brasília) no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa. O corpo do escritor chegou a Portugal, sua terra natal, às 14h40 (10h40 de Brasília). Os restos mortais do escritor foram levados de sua casa na ilha espanhola de Lanza­­rote a bordo de um avião C130 da Força Aérea Portuguesa, acompanhados pela sua viúva Pilar del Río, e vários outros parentes e amigos, bem como a ministra da Cultura de Portugal, Gabriela Canavilhas, e o biógrafo do ro­­mancista.

Cerca de 200 pessoas aguardavam a chegada do caixão na Câmara Municipal de Lisboa e aplaudiram quando o levaram para o interior do edifício. For­­mou-se uma fila de cerca de 100 metros do lado de fora para a visitação. Eram esperadas centenas de pessoas no velório, que seria realizado até a meia-noite de ontem. Compareceram à cerimônia o premier português, José Sócrates, e o presidente do país, Cavaco Silva, entre outras autoridades.

Saramago, que ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1998 e cujo trabalho é admirado internacionalmente pela clareza de suas ideias, apesar de um estilo de prosa complexo, morreu na sexta-feira, aos 87 anos, em sua casa em Lanzarote após lutar contra uma longa doença.

O governo português declarou dois dias de luto nacional. A Fundação José Saramago disse que o corpo do escritor será cremado no cemitério Alto de São João, em Lisboa, na tarde de hoje (horário local), depois do qual suas cinzas serão divididas. Metade será levada para a aldeia natal de Saramago, Azi­­nhaga, e o restante será colocado ao pé de uma oliveira no jardim da casa de Lanzarote, onde o romancista passou os últimos 17 anos de sua vida.

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