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A morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, provocou o cancelamento da agenda que a presidente Dilma Rousseff cumpriria na Argentina a partir de quinta-feira. Chávez morreu em um hospital de Caracas, capital da Venezuela, aos 58 anos, vítima de complicações de um câncer na região pélvica. Ele estava internado desde dezembro e, segundo os raros anúncios do governo venezuelano nas últimas semanas, seu estado de saúde se agravou e ele não se recuperava completamente de uma infecção respiratória. Nos últimos dias, ele passou ainda por quimioterapia, embora o governo tenha dito que ele estava 'animado'.

Dilma iria para El Calafate, no sul do país vizinho, encontrar-se com sua colega Cristina Kirchner durante dois dias. Na agenda, entre outros pontos, estava a negociação para um investimento da mineradora brasileira Vale em um projeto de exploração de potássio na Argentina. O Planalto ainda não fez o anúncio formal do cancelamento. Dilma irá ao velório do colega venezuelano, mas até agora não tinha informações precisas para a definição da viagem.

Conforme anúncio do vice e herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, o presidente morreu às 16h25 desta terça. Ele estava internado no Hospital Militar de Caracas, na frente do qual centenas de pessoas se reuniam para fazer vigília, desde a manhã.

O vice emendou a confirmação no anúncio de que mobilizava as Forças Armadas do país "para garantir a paz". Mais cedo, ele deu uma entrevista à mídia na qual acusou "inimigos históricos" do país, em uma insinuação de que seriam EUA e a oposição direitista, de planejar sabotar a democracia venezuelana.

Chávez ocupava o cargo desde 1999 e era o líder democrático mais longevo da história recente da América Latina, tendo sido reeleito para o quarto mandato consecutivo no último mês de outubro. O período terminaria em 2019.

Foi a terceira vez em que ele foi eleito para um mandato com duração de seis anos, regra criada pela nova Constituição, aprovada em 1999, um ano após a chegada ao poder. Na última votação, o venezuelano teve 55% dos votos, com comparecimento de 81% do eleitorado. Ele venceu em 22 dos 24 Estados.

Em 2009, o presidente promoveu um referendo sobre o fim da limitação ao número de mandatos políticos, e chegou a falar sobre se manter no governo até 2021, ou mesmo 2030.

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