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A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sinalizou nesta sexta-feira que a eleição presidencial do último domingo em Honduras terá de ser considerada, contradizendo a posição defendida anteriormente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Brasil, a Argentina e a Venezuela, entre outros países, consideraram o processo ilegítimo. O presidente Lula afirmou que somente reconheceria o vencedor Porfírio Lobo se o presidente deposto, Manuel Zelaya, fosse restituído ao cargo antes do pleito, o que não aconteceu.

"Nós não estamos com Honduras, nós não estávamos discutindo eleição. Nós estávamos discutindo golpe de Estado. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e outra", disse Dilma em reportagem veiculada no Jornal Nacional, a bordo de um trem na Alemanha, onde acompanha Lula em uma visita.

"Uma coisa é um golpe. Outra coisa é a discussão (eleitoral), tanto é que eu acho que esse novo processo vai ter de ser considerado", acrescentou a ministra, dizendo que o Brasil deve continuar condenando o golpe que derrubou Zelaya.

"Houve uma eleição. Agora, nós divergimos, que continuamos divergindo, é em chamar o governo do (Roberto) Micheletti de algo que não fosse um golpe de Estado", disse a ministra.

Zelaya foi deposto e expulso do país por forças militares em 28 de junho depois de irritar as elites hondurenhas por causa de sua aproximação com o governo da Venezuela e de suas tentativas de reformar a Constituição e disputar um novo mandato. O governo de facto é liderado por Roberto Micheletti.

Nesta sexta-feira, o presidente deposto, que está abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde que voltou clandestinamente a Honduras, em 21 de setembro, pediu em carta aos governos da América Latina e dos Estados Unidos que não reconheçam a eleição presidencial por ter sido organizada por um governo golpista.

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