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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, sinalizou que deseja um acordo com as grandes potências ao anunciar a disposição do governo em enviar urânio enriquecido para o exterior, disse nesta quinta-feira o embaixador iraniano junto à agência nuclear da ONU, Ali Ashgar Soltanieh.

Mas ele declarou à Reuters que ainda não notificou formalmente a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) sobre qualquer nova posição do seu país a respeito da proposta, parada há meses por causa de polêmicas a respeito de onde e como colocá-la em prática.

Rússia, França e EUA, envolvidos na negociação com o Irã, desejam que Teerã notifique a AIEA sobre o gesto de Ahmadinejad, para provar que ele deve ser levado a sério.

Ahmadinejad afirmou na terça-feira que o Irã está preparado para enviar urânio baixamente enriquecido ao exterior, para em troca receber combustível para um reator de pesquisas médicas. Antes, Teerã insistia em limitar o intercâmbio de material e realizá-lo em seu território.

O Ocidente, que teme o desenvolvimento de armas nucleares no Irã, acha que a retirada do urânio do país dificultaria qualquer intenção bélica do Irã - que Teerã nega ter.

"O que o meu presidente disse na verdade mostra que o Irã tem a vontade política de facilitar ... a cooperação em vez do confronto, e agora cabe aos outros usarem essa oportunidade", disse Soltanieh.

"Sua mensagem, na verdade, é uma mensagem muito positiva e construtiva, testando a boa vontade política dos outros para mudar de marcha do confronto para a cooperação."

O diplomata disse que não transmitiu o recado do presidente ao diretor da AIEA, Yukiya Amano, mas minimizou esse fato. "Por favor, não faça um julgamento", disse ele, sem entrar em detalhes.

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