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Jerusalém - O político israelense de extrema direita Avigdor Lieberman endossou ontem o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para voltar a ser chefe de governo do país. Além de Lieberman, o Partido Shas, que representa os religiosos conservadores, anunciou apoio a Netanyahu.

A decisão de Lieberman praticamente garante que Netanyahu voltará a ser primeiro-ministro de Israel. Caso Netanyahu consiga realmente formar uma coalizão estável, a aliança com Lieberman pode servir de base para um governo de linha dura.

Netanyahu foi primeiro-ministro entre 1996 e 1999, quando mostrou um lado pragmático. Ele se encontrou com o então líder palestino Yasser Arafat e cedeu a cidade de Hebron ao controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP). De qualquer maneira, atualmente ele diz que permitirá a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, algo que inviabiliza um acordo de paz com os palestinos.

A chanceler Tzipi Livni, cujo partido Kadima venceu por estreita margem a votação, defendeu ontem, em encontro com correligionários, que é preferível a legenda ir para a oposição a compor com Netanyahu e Lieberman.

"Hoje (ontem) foram feitas as bases para um governo extremista de direita sob a liderança de Netanyahu", disse Livni em mensagem a 80 mil membros do Kadima (centro). "Esse não é o nosso caminho e não há nada que nos interesse nesse governo", disse Livni.

Mais cedo, o presidente de Israel, Shimon Peres, tentou sem sucesso convencer Livni e Netanyahu a formarem uma coalizão de governo.

Gaza

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito, Hossam Zaki, ontem que a exigência de Israel pela libertação do soldado israelense Gilad Schalit é um revés para as negociações de um cessar-fogo de longo prazo com o Hamas.

Zaki disse que vincular o caso de Schalit – capturado em 2006 por militantes ligados ao Hamas e mantido em Gaza desde então – à trégua irá "obstruir quaisquer chances de um cessar-fogo".

Israel anunciou na quarta-feira que não abrirá as fronteiras da Faixa de Gaza, uma das principais exigências do Hamas, a menos que Schalit seja solto.

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Um governo composto por partidos de direita criará as condições para a paz entre palestinos e israelenses?

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