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O dissidente cubano Guillermo Fariñas foi internado ontem em estado grave. "Guillermo Farinãs está em estado grave na unidade de terapia intensiva", disse a porta-voz do hospital regional Arnaldo Milian.

O médico pessoal dele, Ismel Iglesias, disse que o psicólogo e jornalista de 48 anos teve um "choque hipoglicêmico" e perdeu a consciência por volta das 14h (hora local). Fariñas está na terceira semana de uma greve de fome.

"Ele foi imediatamente levado de carro para o hospital na companhia de sua mulher e da mãe. Ele recebeu uma solução de glicose" e outras medicações, informou Iglesias, por telefone. Segundo ele, médicos examinaram Fariñas antes do choque e consideraram que ele estava "muito fraco", pedindo em seguida exames de urina. "Eles estavam muito preocupados porque ele perdeu parte da visão e falava de maneira hesitante.

Até desmaiar, Fariñas se recusava a ser hospitalizado. O jornalista de 1,83 metro perdeu 13 quilos, chegando aos 58 quilos, desde o início da greve de fome. Ele quer que o governo liberte 26 presos políticos que precisam de tratamento médico.

O dissidente disse que pretende ir "até o fim" com o jejum, iniciado em 24 de fevereiro, um dia após a morte do preso político Orlando Zapata, no 85º dia de sua greve de fome. Além disso, o ex-preso político Felix Bonne, de 70 anos, ex-membro da dissidente Aliança Democrática Cubana, afirmou que começará sua greve de fome quando Fariñas morrer.

O governo cubano rejeita as demandas pela libertação dos prisioneiros políticos, afirmando que a greve de fome é uma "chantagem", segundo o jornal estatal Granma. Funcionários do governo afirmam que Fariñas e outros dissidentes são manipulados por opositores de Cuba, incluindo o governo dos Estados Unidos.

Na quarta-feira, Fariñas afirmou, em entrevista realizada na cidade de Santa Clara, 280 quilômetros a leste de Havana, esperar um gesto de "boa-vontade" do governo cubano. "Nós não estamos pedindo que Raúl Castro deixe o poder", acrescentou.

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