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Mural com a imagem do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, em Manágua, 14 de abril de 2020. Ortega fez sua primeira aparição pública depois de 34 dias
Mural com a imagem do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, em Manágua, 14 de abril de 2020. Ortega fez sua primeira aparição pública depois de 34 dias| Foto: INTI OCON / AFP

Depois de 34 dias sem aparecer em público, o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, apareceu ao final da tarde desta quarta-feira (15) em pronunciamento ao vivo transmitido em rede nacional no país. Em meio à pandemia de Covid-19, o mandatário não anunciou medidas concretas de combate ao avanço do vírus, como quarentena nacional ou fechamento de escolas, informou o jornal local La Prensa.

"Em meio a essa pandemia, não deixamos de trabalhar, porque aqui, se deixamos de trabalhar, o país morre, e se o país morre, o povo morre", disse Ortega em seu discurso. "Imagine se mandamos a polícia se isolar, ou o exército se isolar. O país desaparece".

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, em aparição em rede nacional após 34 dias de ausência. Reprodução / Captura de tela / La Prensa
O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, em aparição em rede nacional após 34 dias de ausência. Reprodução / Captura de tela / La Prensa| Reprodução / Captura de tela / La Prensa

Ortega estava ao lado de membros do seu gabinete e falou durante cerca de 25 minutos. A transmissão havia sido anunciada mais cedo por sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo. O ditador não deu explicações sobre a sua ausência pública nas últimas semanas.

Ele disse que o vírus matou "apenas uma pessoa" em seu país e afirmou que a Nicarágua tem o menor número de casos de coronavírus na América Central. Ortega justificou a falta de medidas de distanciamento social dizendo que elas afetariam a economia do país.

"De maneira ordenada adotamos medidas guiadas pelas normas internacionais, mas aplicadas de acordo com nossa realidade e nossas possibilidades materiais e econômicas", disse Ortega, segundo o Confidencial.

Contrariando as recomendações de autoridades de saúde mundiais, o regime orteguista convocou apoiadores para a marcha "Amor em tempos de Covid" e para festividades na Semana Santa. O seu regime também implementou uma operação de visitas "de casa em casa" por profissionais de saúde.

Durante a sua ausência, houve especulações sobre o estado de saúde de Ortega, incluindo rumores sobre a sua morte.

A Nicarágua confirmou o seu primeiro caso positivo para Covid-19 em 12 de março. Até esta quarta-feira (15), o país, de 6,2 milhões de habitantes, registra nove casos e uma morte por infecção pelo novo coronavírus; quatro se recuperaram, segundo os dados oficiais.

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