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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) cumprimenta apoiadores durante seu comício em Wellington, Ohio, o primeiro desde a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) cumprimenta apoiadores durante seu comício em Wellington, Ohio, o primeiro desde a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro| Foto: David Maxwell/Agência EFE/Gazeta do Povo

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump não está dispostos a deixar de lado as eleições de 2020. Em seu primeiro grande evento de campanha desde que deixou a Casa Branca, o republicano falou neste sábado (26) a uma grande plateia de seguidores em Wellington, Ohio, que a eleição de novembro passado foi "a fraude do século" e que ele não perdeu.

“Foi manipulado. Vencemos a eleição com uma vitória esmagadora”, disse Trump. “Você sabe disso, eu sei disso, e você sabe quem mais sabe disso? As notícias falsas sabem disso”, afirmou, aproveitando para criticar a imprensa.

O ex-presidente republicano chegou a classificar o que ele diz serem "fraudes eleitorais" como contagem de votos de “estilo norte-coreano” e o tipo de coisa “que o Departamento de Estado costumava criticar nos países comunistas”.

Citando uma "auditoria" da eleição de 2020 que está sendo realizada por alguns senadores republicanos do Arizona – que é contestada até mesmo por membros do partido –, Trump se disse confiante de que há várias evidências das fraudes, embora nenhum dos processos que sua campanha apresentou no ano passado, questionando o resultado da eleição presidencial, foram aceitos pela justiça americana.

Ataques aos "RINOs" e à Suprema Corte

Durante o comício, realizado em apoio ao pré-candidato Max Miller para as eleições do Congresso em 2022, Trump aproveitou para criticar legisladores republicanos que se opuseram às alegações de que as eleições do ano passado foram fraudadas.

"Nunca vamos parar de lutar pelos verdadeiros resultados desta eleição, sejam democratas ou RINOs (republicanos apenas no nome – republicans in name only) que se interpõem em nosso caminho", disse. "Em muitos casos, os RINOs são piores do que os democratas. Eles pensam que podem governar nosso país como uma ditadura, mas o povo americano é muito inteligente, corajoso e destemido. E não vamos deixar isso acontecer", afirmou.

A Suprema Corte americana foi outra que não escapou dos ataques. Trump disse que os juízes do país não têm coragem e que se sente "envergonhado" pelo máximo tribunal.

"Os depoimentos de centenas e centenas de funcionários eleitorais e observadores eleitorais e testemunhas em todo o país foram assinados sob pena de perjúrio, mas foram silenciados e nunca ouvidos no tribunal porque muitos de nossos juízes foram covardes. E nossa Suprema Corte, devo dizer, tenho vergonha de nossa Suprema Corte. Estou envergonhado. Eles não puderam ser vistos ou usados", afirmou Trump. Em alguns casos, como na batalha judicial em Michigan, esses depoimentos foram considerados pelos juízes como mera especulação.

Olhar para frente sem deixar 2020 para trás

Ao encerrar o discurso, Trump disse que não poderia deixar de falar sobre as eleições de 2020. "Você tem que olhar para trás. Vencemos a eleição em 2020. Quem diabos sabe o que será em 2024. Não teremos nem um país sobrando. Nós não vamos ter um país. E se não descobrirmos, não estaremos em posição de vencer em 2022 ou 2024".

O ex-presidente não falou se vai concorrer à presidência dos EUA novamente. Segundo sua equipe, a prioridade do momento é eleger o maior número de republicanos alinhados a Trump nas eleições de meio de mandato do ano que vem. O influente republicano tem na agenda dois grandes eventos nesta semana: uma visita ao Texas, onde se encontrará com o governador Greg Abbott, e um comício em Sarasota, na Flórida.

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