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Apoiadores de Donald Trump se manifestam em Bedminster (Nova Jersey), onde o ex-presidente passou o domingo em isolamento após sofrer atentado a tiros.
Apoiadores de Donald Trump se manifestam em Bedminster (Nova Jersey), onde o ex-presidente passou o domingo em isolamento após sofrer atentado a tiros.| Foto: Ángel Colmenares/EFE

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, vítima de um atentado fracassado ocorrido no sábado durante um comício político em Butler (Pensilvânia), passou o domingo recluso no clube de golfe de Bedminister, em Nova Jersey, de sua propriedade. Os acessos ao clube desta área arborizada de Nova Jersey foram fechados neste domingo tanto pelo norte como pelo sul, e as diferentes vias que conduzem às instalações estão vigiadas por serviços de segurança, que só permitem o acesso a alguns veículos e estão aumentando a segurança em torno do ex-presidente.

Jornalistas foram obrigados a permanecer a cerca de 5 quilômetros das entradas, junto à biblioteca pública de Bedminster. Muitos estão ali há várias horas com a esperança de verem a comitiva de Trump passar na estrada próxima em algum momento do dia, embora o ex-presidente também possa partir de helicóptero ou deixar o local apenas na segunda-feira.

Trump, que ontem foi visto em aparente bom estado poucas horas depois do atentado – ele desceu sozinho as escadas do avião ao chegar ao aeroporto de Newark –, prometeu estar na convenção republicana, que começa nesta segunda-feira em Milwaukee (Wisconsin), onde sua candidatura será proclamada e onde Trump poderá designar seu candidato a vice-presidente.

Apoiadores fazem manifestação pró-Trump perto de clube onde está o ex-presidente

Aproveitando a presença de jornalistas, um grupo de apoiadores de Trump enfrentou neste domingo as tórridas temperaturas e realizou uma pequena manifestação de apoio ao ex-presidente junto a um cruzamento rodoviário, à qual se juntaram os residentes deste local rural pouco urbanizado. Vários veículos passavam por eles e buzinavam repetidamente para apoiá-los, ou colocavam os polegares para fora da janela para encorajá-los. Muitos carregavam bandeiras americanas ao vento ou outras com o slogan “Make America Great Again”.

Uma das manifestantes, Nancy, 65 anos e vestida com um vestido xerografado com uma montagem de fotos do ex-presidente, declarou que Deus marcou o destino de cada pessoa e que no sábado não era a hora de Trump. Sobre o atirador, ela disse que “todos aqueles que odeiam Trump sabem que só matando-o poderão impedir sua vitória”. A bordo da sua Harley-Davidson chegou Miguel Madero, um operário da construção civil porto-riquenho que acredita que só Trump “pode salvar este país do socialismo”, ideia que, segundo ele, é compartilhada por todos os clientes com quem conversa sobre política.

Todos os participantes desta pequena manifestação culparam a imprensa pelo que aconteceu no sábado, porque segundo eles a grande mídia vem semeando há algum tempo uma retórica de ódio contra os republicanos em geral e contra Donald Trump em particular, o que teria levado a esta tentativa de assassinato.

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