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Papa Francisco definiu o aborto como calvário existencial e moral. | bc/CLAUDIO PERI
Papa Francisco definiu o aborto como calvário existencial e moral.| Foto: bc/CLAUDIO PERI

O papa Francisco anunciou que vai permitir aos padres católicos que perdoem mulheres que tenham feito aborto e se arrependido, assim como os médicos que fazem o procedimento. A declaração foi feita em carta que detalhava as medidas que concederá no próximo ano do Jubileu, entre 8 de dezembro deste ano e 26 de novembro de 2016, tendo como tema a misericórdia. A permissão neste período se estende a todos os sacerdotes, disse ele em uma carta publicada nesta terça-feira (1º) pelo Vaticano. Normalmente, somente sacerdotes e missionários designados podem perdoar abortos.

Esta não é de modo algum uma tentativa de minimizar a gravidade desse pecado, mas de ampliar a possibilidade de mostrar misericórdia

Federido Lombardi porta-voz do Vaticano.

Na carta, Francisco descreveu o “calvário existencial e moral” enfrentado pelas mulheres que colocam fim a uma gravidez e disse que tinha conhecido muitas “que carregam em seus corações a cicatriz dessa decisão angustiante e dolorosa”. O papa não demonstrou nenhuma intenção de mudar a oposição da Igreja em relação ao aborto.

“Esta não é de modo algum uma tentativa de minimizar a gravidade desse pecado, mas de ampliar a possibilidade de mostrar misericórdia”, disse o principal porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a jornalistas.

O Ano Santo é um dos eventos mais importantes da Igreja Católica, um período em que católicos fazem peregrinações a Roma e outros locais religiosos em todo o mundo. O evento geralmente acontece a cada 25 anos, a menos que um papa decrete um Ano Santo extraordinário para chamar a atenção para um determinado tema ou necessidade. Será o 29º Ano Santo na história da tradição, que tem 700 anos.

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