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O professor Christopher Arterton, que ensina Gerenciamento Político na Universidade George Washington, nos Estados Unidos, diz que a economia do país será o principal fator a ser levado em consideração pelos eleitores.

A economia dominou a campanha, com os republicanos afirmando que os democratas não fizeram o suficiente para criar empregos. O senhor acha que a economia é realmente a definição destas eleições?

Sim, todas as pesquisas mostram que o estado da economia define o clima geral em que as eleições são disputadas. Em seguida, os elementos da campanha — os candidatos, as questões do dia, os fatores demográficos, e os gastos de campanha — entram em jogo. E há algumas evidências de que um desempenho ruim da economia pune mais o partido no governo do que uma economia boa o recompensa. Os democratas têm um bom argumento de que os problemas atuais foram criados pelo governo Bush e que os seus programas têm tentado minimizar os danos. Mas o público não está comprando essa versão.

Qual foi o papel do Tea Party em todo o processo eleitoral?

O Tea Party — um grupo diversificado de mais de duas mil pequenas organizações que se orgulha de não ter uma liderança nacional — teve uma influência acentuada no interior do Partido Republicano durante as primárias. Este é o resultado de uma forte reação tanto à crise econômica — principalmente a perdas de emprego e de imóveis, ao mesmo tempo em que o governo federal é percebido como o salvador de Wall Street, dos bancos e da indústria automobilística — e às políticas do governo Obama que são vistas como as de um país que se desloca em direção ao socialismo, com a sua forte dependência de ação governamental. Existem divergências dentro do movimento TP: alguns são motivados por questões sociais (o casamento gay, aborto e posse de armas) e muitos são motivados pela economia, como mencionado: emprego, moradia, o déficit federal.

As partes críticas da coalizão que levou Barack Obama à Casa Branca em 2008 e deu o controle do Congresso aos democratas em 2006 estão mudando a sua lealdade para os republicanos na fase final das eleições parlamentares no Congresso, de acordo com as últimas pesquisas do New York Times/CBS News.

Por que isso está acontecendo?

Novamente, o estado da economia é o fator principal. Mas talvez uma das tendências mais importantes é que alguns elementos da coalizão de 2008 não vão comparecer em mesmo número como há dois anos. Principalmente, estou me referindo à comunidade afro-americana e aos eleitores com menos de 30 anos. Ambos os grupos foram extremamente dedicados a Obama. Os jovens votaram duas vezes mais para ele, uma grande mudança, fora da média nacional. Na verdade, sem o voto dos jovens, Obama teria perdido.

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