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Camisetas com imagem do ex-presidente Mursi são expostas em ocupação na Praça Adawiya | Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Camisetas com imagem do ex-presidente Mursi são expostas em ocupação na Praça Adawiya| Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters

O governo interino do Egito, apoiado pelos militares, declarou ontem o fracasso dos esforços de mediação internacional para acabar com a crise política no país – culpando, em especial, a Irmandade Muçulmana, do presidente deposto Mohamed Mursi. O governo deu ainda um novo ultimato para que os aliados de Mursi acampados em duas praças no Cairo deixem os locais voluntariamente.

O premiê Hazem al-Beblawi ameaçou dispersar os manifestantes à força após o fim do Ramadã, mês sagrado para os islâmicos. Não ficou claro se o prazo para a retirada voluntária termina hoje ou junto com o feriado do Eid al-Fitr, no domingo. "A decisão aceita por todos de limpar os acampamentos é final e irreversível", disse Beblawi.

Mortes

Há o temor de que o endurecimento do discurso do governo leve a uma espiral de violência ainda maior no país. Desde o golpe que derrubou Mursi, em 3 de julho, mais de 250 pessoas morreram em confrontos de manifestantes com forças de segurança.

O secretário-geral do braço político da Irmandade Mu­çulmana, Mohamed el-Beltagy, deixou claro que os manifestantes não sairão das praças. "O que importa para nós é que haja uma conversa clara sobre nossa posição contra o golpe militar e a importância do retorno da legitimidade."

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