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Veja o caminho percorrido no seqüestro dos turistas |
Veja o caminho percorrido no seqüestro dos turistas| Foto:

Cairo - Autoridades egípcias afirmaram na manhã de ontem que um grupo de 19 pessoas, entre elas 15 turistas europeus, foi seqüestrado durante o final de semana em uma região desértica ao sul do país. Horas depois, altos membros do governo egípcio deram versões conflitantes sobre o paradeiro dos reféns.

O chanceler Ahmed Aboul Gheit disse em Nova Iorque que todos os reféns estavam "sãos e salvos’’ depois de libertados e que o seqüestro havia sido obra de um "bando de gângsteres’’.

Mas o ministro foi desmentido pelo próprio porta-voz. O assessor afirmou que a situação "não havia mudado’’, e que o ministro se referia a "relatos não confirmados’’. No Cairo, um outro porta-voz ressaltou que "as negociações (com os seqüestradores) ainda estavam em curso’’.

O caso foi anunciado no início do dia, quando autoridades do Cairo disseram que cinco italianos, cinco alemães, um romeno e oito egípcios – provavelmente funcionários de uma agência de turismo – haviam sido capturados por criminosos sem motivação política ou religiosa e teriam sido levados para o vizinho Sudão.

Resgate

Segundo os serviços de inteligência egípcios, os seqüestradores teriam exigido um resgate de 6 milhões de euros. Os turistas foram vistos pela última vez na sexta-feira no vilarejo de Dakhla. Depois de passar a noite em um hotel, eles partiram em comboio de veículos 4 x 4 rumo à reserva natural de Gilf al Kebir, 900 km ao sudoeste do Cairo, conhecida pelas pinturas rupestres que aparecem no filme "O Paciente Inglês’’ (1996).

Autoridades souberam do seqüestro depois que um agente de turismo que estava no grupo ligou do celular para sua mulher informando que havia sido feito refém por "homens africanos mascarados’’.

É a primeira vez na história recente do Egito que se tem relato de um seqüestro de turistas, embora no passado tenham ocorrido atentados contra estrangeiros no país, que causaram mais de uma centena de mortos nos últimos 20 anos.

O caso mais grave foi registrado em 17 de novembro de 1997, quando 62 pessoas, entre elas 58 estrangeiros, morreram por disparos de um grupo fundamentalista na localidade arqueológica de Luxor, no sul do país. Alguns dos turistas feridos foram assassinados a facadas pelos terroristas, que acabaram sendo mortos pela polícia.

Bombas

O fato mais recente foi registrado em 24 de abril de 2006, quando 21 pessoas, entre elas três estrangeiros, morreram após a explosão simultânea de três bombas na cidade de Dahab, na costa leste do Sinai.

As ações terroristas atingiram a indústria do turismo, apesar de ela ter se recuperado, com cerca de 10 milhões de turistas no ano fiscal de 2006–2007.

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