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Os três princiais candidatos à eleição presidencial costarriquenha: Laura Chinchilla, Otto Guevara e Otton Solis | Reuters
Os três princiais candidatos à eleição presidencial costarriquenha: Laura Chinchilla, Otto Guevara e Otton Solis| Foto: Reuters

Sem incidentes, os 2,8 milhões de pessoas convocadas para escolher 57 novos deputados e o presidente da Costa Rica começaram a votar neste domingo (8). Os principais candidatos começaram cedo a jornada eleitoral. As urnas foram abertas às 6h (10h, Brasília) e será possível votar até as 18h (22h).

Apoiada pelo presidente Oscar Arias, a candidata do governista Partido de Libertação Nacional (PLN, social-democrata), Laura Chinchilla, lidera as pesquisas com cerca de 40% das intenções de voto.

Ottón Solís, do Partido Ação Cidadã (PAC, centro-esquerda) e Otto Guevara, do direitista Movimento Libertário (ML), começaram o dia com um café-da-manhã com a imprensa e mostram confiança na vitória. Os dois estão empatados com 20% cada das intenções de voto.

Para o resto do dia os candidatos têm programadas visitas a centros de votação e encontros com a imprensa para motivar os eleitores a irem às urnas. Espera-se uma abstenção próxima a 30%. As autoridades eleitorais da Costa Rica anunciaram que os primeiros resultados serão divulgado a partir das 20h (meia-noite, Brasília).

Cerca de 200 observadores internacionais acompanham todo o processo eleitoral.

Disputa

Chichilla, ex-vice-presidente de Arias, foi a favorita durante toda a campanha, mas a grande incógnita é se conseguirá no primeiro turno os votos necessários para se tornar a primeira presidente da Costa Rica.

Guevara e Solís centraram a campanha em ressaltar os escândalos do atual governo e em acusar Chinchilla de ser "marionete" de Arias, o que ela nega, apesar de declarar que pretende dar prosseguimento aos trabalhos.

A insegurança e a economia centraram a campanha dos principais candidatos, cujo diferencial está na personalidade e na forma de abordar os temas, além do apoio partidário que teriam para governar.

Chinchilla, uma cientista política de 50 anos, que tem Arias como mentor, é apoiada pelo partido mais antigo e melhor estruturado da política costarriquenha, Liberação Nacional (PLN), de teor social democrata e tendência de centro-direita.

Em sua terceira candidatura à presidência, Guevara, um advogado de 49 anos, é a surpresa desta campanha ao aparecer na segunda posição nas pesquisas graças a uma campanha agressiva - cujas origens dos recursos continuam um mistério -, centrada em atacar a suposta corrupção do governo Arias.

Desta vez, Guevara moderou a mensagem ultraliberal que sempre caracterizou o Movimento Libertário (ML) - que tem seis deputados -, mas incluiu uma provocação na campanha: lançar o debate para dolarizar a economia costarriquenha.

Após um início ruim nas pesquisas, Solís, 55 anos, também em sua terceira tentativa de chegar à presidência, que quase conseguiu na última eleição - perdeu para Arias por 1% -, se recuperou nos últimos dias de campanha, ao apontar seus cartuchos também contra Chinchilla, a quem chama de "marionete" dos Arias: Oscar e seu irmão e ministro da presidência, Rodrigo.

Na quarta posição nas pesquisas aparece Luis Fishman, do partido Social Cristão, que provocou risadas com seu atrevido slogan de campanha: "Sou o menos ruim dos candidatos".

A grande diferença da eleição pode ficar por conta da mobilização dos voluntários dos partidos no dia da votação e dos meios de transporte para levar as pessoas até as seções de eleitorais. Se nenhum candidatos superar 40% dos votos válidos, uma nova votação acontecerá em 4 de abril.

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