Os astronautas da NASA Barry Wilmore e Sunita Williams que deveriam ter retornado à Terra no dia 14 de junho após uma missão de oito dias na Estação Espacial Internacional (EEI), continuam vivendo no espaço devido a problemas técnicos com a cápsula Starliner da empresa Boeing. No entanto, o atraso, que agora soma 65 dias, pode ser resolvido com a ajuda da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk.
A cápsula Starliner, que realizou seu primeiro voo tripulado experimental nesta missão, apresentou falhas nos propulsores e outros sistemas críticos durante o acoplamento com a EEI. A NASA, embora tenha garantido que os astronautas estão seguros e bem abastecidos, já chegou a reconhecer que o problema com a cápsula pode ser mais grave do que o inicialmente previsto.
Diante da situação, a NASA estuda a possibilidade de utilizar uma cápsula Crew Dragon da SpaceX, de Musk, para trazer Wilmore e Williams de volta à Terra, com a previsão de que isso possa ocorrer somente em fevereiro de 2025. Outra alternativa em consideração é o uso de uma cápsula russa Soyuz, que está acoplada à EEI para emergências. Para isso ocorrer, a Starliner deveria ser desacoplada da EEI e enviada de volta à Terra sem tripulação.
A situação envolvendo a falha na missão de Wilmore e Williams expõe mais um capítulo da competição entre Boeing e SpaceX no setor espacial. A utilização de uma cápsula da SpaceX para o resgate dos astronautas seria um golpe para a Boeing, que busca certificar a Starliner para missões rotineiras. A NASA inicialmente esperava que tanto a Starliner quanto a Crew Dragon fossem alternativas confiáveis para transportar astronautas à EEI.
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