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Grupo de pigmeus Baka, caçadores das florestas de Camarões, se despede do Papa | L´Osservatore Romano/Reuters
Grupo de pigmeus Baka, caçadores das florestas de Camarões, se despede do Papa| Foto: L´Osservatore Romano/Reuters

Luanda - O Papa Bento XVI pediu aos angolanos ontem que continuem com seu caminho de conciliação, após quase três décadas de guerra civil (1975–2002). A principal autoridade da Igreja Católica também condenou a violência contra a mulher e censurou os países do continente que aprovaram o aborto.

Bento XVI fez o apelo ao chegar e receber uma calorosa acolhida na capital angolana, Luanda, na segunda parte de sua visita à África. O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, recebeu Bento XVI, de 81 anos, no aeroporto. O presidente angolano venceu com larga margem as eleições no ano passado, consideradas fraudadas pela oposição. Santos está no poder há 30 anos.

O cientista político Nelson Pestana, ligado à Universidade Católica de Angola, apontou que o regime espera uma espécie de "bênção papal, de modo que esse autoritarismo não seja visto como uma ditadura absoluta, mas uma entronização simbólica de um poder divinamente inspirado".

Em seu discurso, o Papa afirmou que se sente chocado com a discriminação enfrentada por mulheres e crianças, "sem mencionar a inominável prática da violência e exploração sexual que causa tanta humilhação e trauma".

Bento XVI criticou ainda o que qualificou como a "ironia daqueles que promovem o aborto como uma forma de cuidado com a saúde ‘maternal’". Ele se referia a um acordo firmado por Angola e outros 44 países, segundo o qual o aborto deve ser legalizado em casos de estupro, aborto e risco de morte para a mãe.

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