O ex-premiê britânico Boris Johnson deu declarações surpresas às vésperas das eleições no Reino Unido, na noite desta terça-feira (2), apelando aos eleitores que votem no Partido Conservador e evitem a "ameaça" trabalhista.
Em seu discruso, que ocorreu durante um comício conservador em Chelsea, Johnson não mencionou o atual primeiro-ministro e candidato à reeleição, Rishi Sunak, e acusou Keir Starmer de tentar "inaugurar o governo trabalhista mais esquerdista desde a guerra".
O antigo premiê britânico alegou que os trabalhistas pretendem aumentar os impostos e evitar o apoio à Ucrânia na invasão russa de Vladimir Putin.
“Se vocês querem proteger nossa democracia e nossa economia e manter este país forte no exterior gastando 2,5% do nosso PIB em defesa, o que o Partido Trabalhista ainda se recusa a fazer, então vocês sabem o que fazer, não é mesmo, pessoal?”, declarou o conservador.
Johnson agradeceu a apoiadores do Museu do Exército Nacional por comparecer ao evento tardio, afirmando em tom de humor que a aparição ocorreu "muito depois da hora de dormir de Keir Starmer".
Ele então fez um modesto agradecimento a Sunak por convidá-lo a ir ao evento, mas essa foi a única menção ao candidato em seu discurso.
Em seguida, o atual premiê subiu ao palco dizendo: "não é ótimo ter nossa família conservadora unida, meus amigos? Pensem só, foi outro dia quando Keir Starmer estava dizendo que Jeremy Corbyn seria um primeiro-ministro melhor que Boris".
Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em eleições gerais, marcadas por um favoritismo do líder trabalhista, Keir Starmer, que aparece à frente nas sondagens contra o primeiro-ministro Rishi Sunak, que pretende manter os conservadores no poder.
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