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Como fica o cenário político argentino após a morte de Néstor Kirchner?

Antes de mais nada, trata-se de uma modificação drástica no cenário político argentino.

Ele não era apenas um vice-presidente, mas sim uma figura de grande autoridade na Argentina. Nesse sentido, a Argentina perde sua maior referência política. E isso gera uma perturbação muito grande na área política. Um fato totalmente inesperado, em meio a um processo de renovação de autoridade [a eleição presidencial na Argentina acontecem já no ano que vem].

Cristina Kirchner também já tinha declarado a intenção de concorrer à reeleição. Com a morte de Néstor ela passa a ser, automaticamente, o nome a ser indicado pelo partido às próximas eleições?

Aí temos várias análises a fazer. Eu acho que, em termos eleitorais, a melhor opção para o Peronismo Oficialista é que ela seja candidata, até porque ainda não estava definido se seria de fato Néstor ou Cristina. Então ela não estava fora da disputa. Mas, agora, com a morte do marido, ela aparece como principal candidata.

Só que isso depende de uma escolha própria e é muito difícil agora avaliar a possibilidade de ela aceitar ou não.

Cristina tem uma aprovação muito baixa junto aos argentinos, cerca de 35%, dependendo da pesquisa. Ela teria tempo para reverter esse quadro em 12 meses?

Neste ano, Cristina e o governo – com Néstor Kirchner como principal estrategista político – conseguiram melhorar a avaliação popular, de 35% para o índice atual, cerca de 60%.

Mas ir além disso é muito difícil. Eu diria que existem cenários onde ela poderia ser reeleita.

Por exemplo, num quadro onde a oposição não conseguisse estabelecer uma oferta sólida ela poderia vencer no primeiro turno. Acredito que o único cenário em que ela poderia se sair vitoriosa seria no caso dela ganhar logo no primeiro turno.

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