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o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, Lakhdar Brahimi, voltou neste domingo (23) ao país árabe para se encontrar pela segunda vez com o ditador Bashar Assad, em mais uma tentativa de acabar com a onda de violência, que dura 21 meses.

O diplomata chegou a Beirute, capital do Líbano, durante a manhã e, segundo autoridades locais, cruzou a fronteira com a Síria e se dirige por terra a Damasco. A agência de notícias libanesa ANN disse que a comitiva de Brahimi evitou viajar de avião por causa dos confrontos na região do aeroporto da capital.

Ele fará a segunda visita a Assad desde que assumiu o cargo, em setembro, após a renúncia do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan. No entanto, seus três meses de trabalho foram pouco eficazes devido à rejeição do regime e da oposição de usar a via diplomática para tentar resolver a crise política.

Uma das proposições do enviado foi um cessar-fogo entre os dois lados durante o feriado de Eid al Adha, no fim de outubro. Tanto o regime quanto a oposição concordaram com a trégua, mas ela foi violada por ambos horas depois de seu início.

Brahimi apresentará a Assad propostas dos Estados Unidos e da Rússia sobre o seu futuro e o destino político da Síria após o conflito.

Dentre elas, está a criação de um governo de transição sem presença de alauitas, grupo a que pertence o ditador, ou sunitas, que compõem a maioria dos rebeldes. O projeto estipula que Assad continue no controle até 2013, mas sem direito de se apresentar nas eleições presidenciais, previstas para 2014.Ingerência

Neste domingo, o ministro da Informação da Síria, Omram al Zubi, disse que o regime recusa qualquer tipo de ingerência estrangeira sobre o país e defendeu novamente que os diálogos sobre a crise sejam feitos apenas por sírios, o que a oposição rejeita.

Ele disse também ter provas de que a Turquia está fornecendo armas aos opositores e pediu que o país seja julgado por tribunais internacionais. Zubi ainda criticou as forças da oposição por não ter coragem para dialogar com o governo.

Desde o início dos confrontos, em março de 2011, mais de 40 mil pessoas morreram no país, segundo ativistas. A ONU informa que mais de 500 mil pessoas se refugiaram em países vizinhos e outros 2,5 milhões se deslocaram dentro do país.

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