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O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, garantiu nesta quarta-feira aos palestinos que o governo norte-americano está comprometido com um Estado palestino e referiu-se à sua criação como única solução viável para o fim do conflito com Israel.

Em declarações depois de conversações com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, Mitchell pediu que as duas partes cumpram suas obrigações firmadas no acordo chamado de "mapa da estrada", de 2003, pelo qual Israel se comprometeu a interromper a expansão dos assentamentos e os palestinos a controlar os militantes.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deixou claro que "a única resolução viável para este conflito é que as aspirações dos dois lados sejam atendidas, por meio de dois Estados," disse Mitchell.

Seus comentários deixaram em evidência uma rara fissura nas relações EUA- Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não endossa publicamente a criação de um Estado palestino e tem dito que as construções prosseguirão nos assentamentos existentes na Cisjordânia ocupada.

Reiterando declarações feitas em conversações com líderes israelenses na terça-feira, Mitchell afirmou em Ramallah, na Cisjordânia, que os EUA estão buscando a rápida retomada e conclusão mais cedo de conversações de paz israelo-palestinas.

"Nós estamos agora envolvidos em sérias discussões com israelenses, palestinos e outros parceiros regionais para apoiar este esforço", acrescentou, antes de prosseguir na última etapa de sua missão em um giro pelo Líbano, Síria e Egito.

Abbas não fez declarações aos repórteres. O líder palestino diz que as conversações com Israel serão inúteis se Netanyahu não aceitar a solução de dois Estados e congelar os assentamentos. O negociador palestino Saeb Erakat afirmou em um comunicado que os EUA "deixaram clara sua intenção de revigorar as conversações de paz do Oriente Médio, bem como sua expectativa de que ambos os lados implementem suas obrigações com o mapa da estrada."

Netanyahu lidera um governo conservador que poderá ser derrubado pelo Parlamento se ele interromper a construção nos assentamentos. Ele deve expressar sua posição em um discurso no domingo.

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