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O Equador, que declarou moratória de sua dívida externa na sexta-feira, não descarta interromper o pagamento do dos compromissos assumidos com organizações multilaterais e outros países, mas continuará cumprindo essas obrigações por enquanto, disse o ministro da Política, Ricardo Patiño.

"Esta é uma decisão a ser tomada" no futuro, disse Patiño à Reuters depois de reuniões nas Nações Unidas.

"Neste momento, nós decidimos lidar com a questão da dívida com credores privados internacionais", acrescentou, sublinhando que uma recente auditoria interna encontrou "irregularidades" nas dívidas contraídas junto a organismos multilaterais.

O presidente do Equador, Rafael Correa, declarou nesta sexta-feira moratória da dívida externa equatoriana após decisão de não pagar o cupom de 30,6 milhões de dólares do seu bônus global 2012, que venceria na segunda-feira. Os bônus Global equatorianos somam um total de 3,8 bilhões de dólares.

O Equador tem uma dívida multilateral de 4,3 bilhões de dólares e dívidas bilaterais estimadas em 1,5 bilhões de dólares com países que vão do Clube de Paris, que integra 19 nações desenvolvidas e credoras, ao Brasil e à Itália.

Recentemente, o Brasil convocou seu embaixador depois da decisão do governo de Rafael Correa de pedir uma arbitragem para suspender o pagamento de um empréstimo de 320 milhões de dólares do BNDES, concedido em 2000 para a construção de uma hidrelétrica. O Equador afirma que houve ilegalidades na contratação do empréstimo.

Patiño, no entanto, afirmou estar em "boas conversas" com autoridades brasileiras desde então.

"Nós temos alguns pontos para resolver, mas eu acredito que estamos no caminho certo", disse ele.

Correa deve viajar ao Brasil na semana que vem para um encontro de cúpula de chefes de Estado da América Latina e do Caribe.

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