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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse em um ato neste sábado que as manifestações por Kobani, que deixaram 38 mortos no sul do país, são um complô internacional, similar ao dos protestos do parque Gezi em 2013.

"Apelo aos pais: não deixem que os traidores apanhem seus filhos. Nosso país é suficientemente forte como para vencer tudo isto. Este complô internacional desaparecerá da mesma forma que surgiu", disse Erdogan.

"Nunca farão com que a Turquia passe pelo que passaram Ucrânia e Egito", acrescentou o presidente.

Insistindo que Turquia superaria estes ataques, Erdogan insinuou que os protestos de Kobani teriam como objetivo derrubar o governo, a exemplo das manifestações do Parque de Gezi.

O presidente turco acusou vários grupos de estar por trás destes protestos, entre eles o Partido Republicano do Povo (CHP), o pró-curdo Partido Democrático do Povo (HDP), que convocou as manifestações na segunda-feira, o movimento Islamita Fethullah Gulen, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e o Esad.

Erdogan também chamou de traidores os que acusam a Turquia de ajudar o Estado Islâmico (EI) e repetiu que Kobani não é responsabilidade turca.

"Nós, como Estado, nunca permitiremos que os terroristas entrem nesta terra", concluiu Erdogan.

O EI começou em 16 de setembro sua ofensiva contra Kobani, uma das três principais regiões curdas da Síria, na fronteira com a Turquia. Desde então, seu avanço tem sido implacável e já tomou 40% da cidade.

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