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Caminhão no porto de Buenos Aires: governo argentino anunciou nesta quarta-feira que vai importar mais diesel para resolver desabastecimento que dura mais de dois meses
Caminhão no porto de Buenos Aires: governo argentino anunciou nesta quarta-feira que vai importar mais diesel para resolver desabastecimento que dura mais de dois meses| Foto: EFE/Enrique García Medina

A Argentina planeja importar diesel para aliviar a escassez que afeta transportadores de cargas em várias províncias do país, disseram fontes oficiais nesta quarta-feira (1º).

O chefe de Gabinete da presidência, Juan Manzur, disse em uma entrevista coletiva que o governo “vai garantir” o abastecimento desse “insumo estratégico”.

Após conversar com o secretário de Energia, dirigentes da petroleira estatal YPF e o ministro de Economia, ele ressaltou que “há a vocação e a decisão de importar mais óleo diesel”.

Segundo a Federação Argentina de Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (Fadeeac), o desabastecimento dura mais de dois meses e a situação mais crítica está no centro e no norte do país.

“Não podemos trazer a colheita a tempo, nem o gado ou os alimentos. A indústria em geral começará a sentir as consequências. O combustível é um elemento essencial para poder realizar nosso trabalho. Mais de 90% da economia argentina se desloca de caminhão”, explicou o presidente da Fadeeac, Roberto Guarnieri, em um comunicado.

A Fadeeac revelou que oito províncias - Jujuy, Salta, Formosa, Tucumán, Misiones, Corrientes, Entre Ríos e Santa Fé - sofrem com “muito pouco ou nenhum abastecimento nos postos de serviço”, enquanto em sete províncias - Chaco, Santiago del Estero, Córdoba, San Juan, Mendoza, Buenos Aires e cidade de Buenos Aires - o abastecimento está racionado para 20 litros por unidade.

Outras três províncias - Catamarca, La Rioja e San Luis - aceitam entre 21 e 50 litros por unidade, e a de La Pampa aceita de 51 a 100 litros. Já as províncias do sul do país não têm problemas de abastecimento.

Guarnieri acrescentou que o problema é “gerado pela falta de divisas e pela dificuldade de avançar rapidamente nas políticas necessárias”.

“Há várias semanas, centenas de caminhões da Bolívia vêm ao porto de Campana para buscar o combustível que seu país importa. Quando se paga, o combustível está disponível. Enquanto isso, na Argentina, temos caminhões parados na beira da estrada, por falta de diesel”, explicou, alertando para risco de desabastecimento na economia argentina em geral nas próximas semanas.

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