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Em um país marcado por um índice de criminalidade recorde, com média de 45 homicídios por dia, a segurança será uma das maiores preocupações do governo da África do Sul que organiza um funeral que deve contar com a presença de mais de 90 chefes de Estado na próxima terça-feira. A cerimônia de adeus a Nelson Mandela, acontecerá no estádio FNB, em Soweto, Johanneburgo - o mesmo local onde o ex-presidente assistiu à Copa do Mundo.

Mesmo assim, nesta segunda-feira (9) um repórter da agência Associated Press entrou normalmente no local, mostrando apenas um cartão de imprensa nacional emitido na Europa. Apenas três minutos depois, um agente de segurança pediu para que jornalistas deixassem o campo. Durante boa parte do dia, repórteres percorriam livremente e caminhavam pelos corredores para ver a construção.

Diante do quebra-cabeça logístico para organizar todos os detalhes do funeral, a ministra da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, garantiu que não haverá problemas de segurança. A coordenação foi confiada a um centro de operações conjuntas, uma estrutura dirigida pela polícia em parceria com o Exército - que mobiliza 11 mil militares para o evento - e os ministérios envolvidos.

"Todos os sinais estão verdes. Seguimos um programa que foi estabelecido há três ou quatro anos", assegura a Nosiviwe Mapisa-Nqakula, citada pela agência de notícias Sapa.

Uma empresa de segurança privada também foi contratada a menos de 24 horas do evento. O gerente da Sidas Segurança, George Mathabe, afirmou que a companhia disponibilizaria 500 guardas de plantão na terça-feira. A principal missão será proteger líderes estrangeiros como Barack Obama, Dilma Rousseff, François Hollande e David Cameron, além de artistas como o cantor Bono.

"Receber tantos chefes de Estado não é um quebra-cabeça: temos experiência e vamos trabalhar em conjunto com os serviços de segurança", declarou o porta-voz da polícia, Solomon Makgale.

Outro desafio será a organização do enterro no domingo em Qunu, pequeno vilarejo onde Mandela nasceu e que possui apenas uma estrada de acesso. As autoridades tentaram desaconselhar os líderes a comparecerem ao enterro por causa da infraestrutura limitada nesta região. O porta-voz da diplomacia sul-africana, Clayson Monyela, também mencionou no domingo o "pesadelo" logístico em Qunu se todos comparecerem.

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