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A queda repentina de Dominique Strauss-Kahn abriu caminho para que o político de esquerda menos extravagante e mais tradicional François Hollande realize o sonho de infância de se tornar presidente da França.

Hollande lidera as pesquisas de opinião para candidato do Partido Socialista nas eleições de 2012, desde que o antes favorito Strauss-Kahn foi acusado de tentativa de estupro em Nova York. Hollande é um esquerdista da base do partido que, com sua maneira despretensiosa e tranquila, foi ao poucos ganhando cada vez mais seguidores.

Ao contrário de Strauss-Kahn, que é pró-mercado e centrista -- e que não disputará mais a indicação do partido -- Hollande, um ativista de esquerda desde seus 20 anos, provavelmente defenderá o aumento dos impostos e um ritmo mais lento de redução do déficit público da França na sua campanha.

Segundo declarou em janeiro, o estilo dele será o de um candidato "normal" que romperá com o criticado estilo chamativo e impulsivo do presidente conservador Nicolas Sarkozy. A postura pode também servir como um contraste com a imagem de Strauss-Kahn de "socialista champagne" mulherengo e representante da "esquerda caviar".

"Os franceses vão virar a página de um tipo de presidente associado ao exibicionismo, que se mistura com os poderosos e não se porta bem", disse o analista político Stephane Rozes. "Ficarão atraídos pelos candidatos que parecem simples, que controlam suas ações e discursos."

Hollande, que teve uma lenta ascensão política, foi na semana passada à cidade de Dijon, onde garantiu a correligionários que está preparado "política, psicológica e fisicamente" para a campanha presidencial.

"Um candidato normal não significa um candidato banal", disse ele. "É alguém que é capaz de ouvir e cujo comportamento não muda de acordo com seu humor."

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