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O chefe do Estado-Maior Conjunto americano, Mark Milley, disse que teste chinês se assemelha a um “momento Sputnik”
O chefe do Estado-Maior Conjunto americano, Mark Milley, disse que teste chinês se assemelha a um “momento Sputnik”| Foto: EFE/EPA/Rod Lamkey

Os Estados Unidos confirmaram oficialmente nesta quarta-feira (27) que a China realizou em julho um teste de míssil hipersônico. Em entrevista televisiva à Bloomberg, o chefe do Estado-Maior Conjunto americano, Mark Milley, afirmou que “foi um evento muito significativo de um teste de um sistema de armas hipersônicas. E é muito preocupante”.

Especialistas em armas nucleares ouvidos pela agência Reuters disseram que o teste realizado pela China pareceu ter o objetivo de escapar das defesas dos Estados Unidos de duas maneiras.

Primeiro, os mísseis hipersônicos se movem a velocidades mais de cinco vezes superiores à velocidade do som, cerca de 6,2 mil km/h, o que os torna mais difíceis de detectar e interceptar.

Segundo, o teste da China seria de uma arma que primeiro orbitou a Terra, condizente com um conceito da Guerra Fria conhecido como bombardeio orbital fracionado, para lançamento de ogivas nucleares em órbita terrestre baixa.

Um funcionário do governo dos Estados Unidos confirmou ao site Defense One que o míssil hipersônico chinês “deu a volta ao globo”. Pequim alegou que não se tratava de um míssil, mas de um veículo espacial testado com fins pacíficos.

Na entrevista à Bloomberg, Milley disse que o teste se assemelha a um “momento Sputnik”, numa referência ao lançamento do primeiro satélite feito pelo homem, realizado pela Rússia em 1957 e que colocou Moscou na dianteira da corrida espacial naquele momento da Guerra Fria.

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