• Carregando...
Alek Sigley, único australiano que vive na Coreia do Norte, está desaparecido. Autoridades temem que ele tenha sido detido por autoridades do regime de Kim Jong-un
Alek Sigley, único australiano que vive na Coreia do Norte, está desaparecido. Autoridades temem que ele tenha sido detido por autoridades do regime de Kim Jong-un| Foto: Reprodução / Twitter / Alek Sigley

A Coreia do Norte pode ter detido um estudante australiano que vive em Pyongyang, potencialmente complicando os esforços de algumas das nações do G20 para fazer com que o regime de Kim Jong-un retorne às negociações.

O Departamento de Relações Exteriores e Comércio da Austrália disse que está investigando relatos de que Alek Sigley foi detido por autoridades norte-coreanas. Ele é o único australiano que vive na Coreia do Norte, segundo a imprensa da Austrália. O estudante coordena excursões para estudantes estrangeiros e publica histórias sobre a Coreia do Norte em redes sociais. A família de Sigley disse que a detenção ainda não foi confirmada.

"Ele não tem feito contato com amigos e família desde a manhã de terça-feira (25), horário da Austrália, o que é incomum para ele", a família de Sigley disse em um comunicado nesta quinta-feira, de acordo com um tuíte da repórter da CNN Paula Hancocks.

A Coreia do Norte provocou ira nos EUA quando o universitário Otto Warmbier morreu em 2017 após mais de um ano de detenção no país asiático. As conversas sobre o programa nuclear do país paralisaram após um encontro fracassado entre Donald Trump e Kim Jong-un. Os líderes trocaram cartas neste mês, um sinal de que as negociações podem ser retomadas em breve.

Sigley, um estudante de pós-graduação de literatura coreana na Universidade Kim Il Sung, fundou a empresa Tongil Tours na Austrália em 2013, segundo o site da companhia. A empresa diz que está "comprometida em ajudar amigos de todo o mundo experimentar uma viagem pela Coreia do Norte segura, educativa e inesquecível". A palavra "tongil" significa "unificação" em coreano.

A última postagem de Sigley no site da empresa foi publicado em 20 de junho, avaliando restaurantes para o público de classe média a alta de Pyongyang. O seu último tuíte foi enviado em 24 de junho.

"É possível que um ato pequeno possa ter sido considerado um 'erro' e ele tenha sido preso como medida de punição", disse Choi Soon-mi, professora de Estudos Norte-Coreanos no Instituto para a Unificação da Ajou University, na região de Seoul. "Ele é um cidadão da Austrália, e não um cidadão dos Estados Unidos - então, diferente [do caso] de Warmbier, é improvável que Sigley seja usado pelo regime norte-coreano" como uma ferramenta diplomática, ela disse.

O ministério de Relações Exteriores da Coreia do Sul divulgou um comunicado na quinta-feira afirmando que está "monitorando a situação, mas não há nada sobre o que o nosso governo possa comentar no momento".

O ministro das Finanças da Austrália, Mathias Cormann, que está em Osaka, Japão, para a cúpula do G20 com o primeiro-ministro Scott Morrison, disse a jornalistas que a falta de um consulado na Coreia do Norte fez com que a embaixada australiana na Coreia do Sul entrasse em contato com autoridades na nação asiática insular.

"Obviamente existem complicações para oferecer assistência consular na Coreia do Norte", Cormann disse. "Trabalhamos por meio do governo sueco na Coreia do Norte e todos as medidas estão sendo tomadas".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]