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| Foto: GABRIELLE LURIE/AFP

Estudantes da Universidade Stanford, na Califórnia (EUA), e ativistas pelos direitos das mulheres utilizaram uma cerimônia de graduação neste domingo (12) para protestar contra a pena branda dada a ex-estudante condenado por estupro e a condução da instituição no caso.

Na semana passada, Brock Turner, de 20 anos, recebeu uma pena de somente seis meses de prisão - 3,5% dos 14 anos que poderia enfrentar na pena máxima para as três acusações aceitas com unanimidade pelo júri - por abusar sexualmente de uma mulher inconsciente, gerando indignação em todo o país.

Escândalo em Stanford reaviva debate sobre estupros em universidades dos EUA

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O magistrado argumentou que encarceramento maior teria “grave impacto” no réu, que não deve passar mais do que três meses na cadeia e depois sairá em liberdade condicional.

Em janeiro de 2015, a jovem - que não teve o nome divulgado - foi encontrada por dois estudantes inconsciente e seminua, atrás de uma lixeira nos arredores de uma fraternidade da universidade.

Brock Turner, 20, estava em cima dela. Avistado pelos alunos, que estavam de bicicleta, tentou fugir, mas a dupla o deteve até a polícia chegar. Na quinta (2), a vítima, hoje com 23 anos, leu uma carta no tribunal.

De acordo com os organizadores do protesto deste domingo, a intenção era expressar solidariedade à vítima. “É muito importante amplificar a voz dos sobreviventes”, afirmou Brianne Huntsman, uma das organizadoras do ato.

Os manifestantes seguravam cartazes com os dizeres “Stanford protege estupradores” e “Estupro é estupro”, além de frases de apoio à vítima, como “Você é uma guerreira.”

Um pequeno avião com um cartaz que dizia “Proteja os sobreviventes, não os estupradores #Perskytemdesair” sobrevoou o local;ele foi pago pelo grupo de defesa das mulheres UltraViolet, que também reuniu mais de 800 mil assinaturas em abaixo-assinado pedindo a saída do juiz responsável pela sentença, Aaron Persky.

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