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A capital do Chile, Santiago, também teve protesto de estudantes. | Mario Ruiz / EFE
A capital do Chile, Santiago, também teve protesto de estudantes.| Foto: Mario Ruiz / EFE

Dois estudantes foram mortos ontem a tiros na cidade portuária de Valparaíso, no Chile, após uma marcha de protesto. Os dois universitários, com idades entre 18 e 25 anos, teriam sido mortos por um morador irritado com uma pichação na parede de sua casa.

Várias testemunhas relataram que o filho do dono da casa saiu para a rua com um revólver e disparou, atingindo um dos manifestantes no braço e outro no tórax. Ambos foram encaminhados para um hospital em Valparaiso, mas não resistiram aos ferimentos.

O acusado pelos disparos é um jovem de cerca de 20 anos, que foi detido. O ministro do Interior do Chile, Jorge Burgos, anunciou a designação de um promotor especial para comandar a investigação.

“O governo não tolera e não tolerará ações desta natureza, que ponham em risco a vida, e ao mesmo tempo garante o livre exercício das manifestações convocadas pelos cidadãos”, disse.

O incidente gerou indignação entre ativistas estudantis, que fazem manifestações regulares exigindo educação mais barata ou gratuita no país. “Poderia ter sido qualquer um de nós”, disse Giorgio Jackson, que ficou famoso como líder estudantil e agora é deputado. “É um sintoma de uma sociedade doente e individualista, que valoriza uma parede mais do que a vida de dois jovens.”

A capital Santiago também teve uma manifestação de ontem. Os protestos foram convocados pela Confederação de Estudantes do Chile.

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