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LONDRES - A Federação Internacional de Direitos Humanos lançou um relatório sobre a situação atual de violações dos direitos humanos por policiais no Egito. Sob o governo do general Abdel Fattah al-Sisi desde 2013, práticas como estupros, assédio sexual, agressões e torturas foram apontadas como sistemáticas. Seja em centros de detenção, delegacias ou até mesmo em universidades e em revistas a casas. Outras ONGs já haviam sinalizado a tendência de agressões sexuais com detenções no país, principalmente contra mulheres.

Foram documentados pela IDFH desde a deposição de Mohammed Mursi e o governo de Sisi casos como agressões sexuais envolvendo objetos, “testes de virgindade vaginal e anal”, eletrocução de genitália, difamação sexual e chantagens. Todas as situações foram praticadas por pessoal da polícia, do Estado e do Exército, com o intuito principal de eliminar protestos públicos.

De acordo com o depoimento de uma mulher ouvida pela IDFH, ela foi espancada a ponto de não conseguir ficar mais em pé, e depois foi estuprada enquanto vomitava sangue. Tudo porque supostamente disse a um policial que ele não tinha o direito de tocar nos seios de uma outra mulher quando iria prendê-la.

Casos de agressões a crianças também foram documentados. No centro de detenção de al-Eqabiya, um ex-funcionário anônimo afirmou que “qualquer um que não tenha sido estuprado por lá, adulto ou criança, é exceção”. Prisioneiros políticos homens aparentemente ficam sujeitos às mais graves agressões durante detenções, como casos relatados de centros secretos de detenção onde a Anistia Internacional já documentou o uso de bastões de ferro fervente no ânus, eletrocuções e ameaças de estupro a familiares mulheres.

A FIDH fez um apelo urgente para a situação, após se deparar com outras centenas de casos mostrados em depoimentos, relatórios e vídeos.

“A violência sexual está crescendo indiscriminadamente em postos de controle, metrô, universidades, campi, hospitais, tribunais, centros de detenção, em facilidades esportivas e em casas”, diz a organização.

Apesar dos apelos generalizados das organizações e até de governos ocidentais pela situação dos direitos humanos, pouco tem sido feito, acusam. Sisi oficialmente obrigou a polícia a combater episódios de agressões sexuais.

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