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O grupo separatista basco ETA informou que deve aceitar a mediação internacional para resolver seu longo conflito com o governo espanhol. Duas semanas depois de anunciar um cessar fogo o grupo informa em uma declaração publicada no jornal basco Gara, neste domingo (19), que está querendo explorar com mediadores internacionais os passos necessários para iniciar um processo democrático, incluindo deveres a serem realizados pelo ETA.

Desde que iniciou sua violenta campanha para a independência do País Basco no final dos anos 60, o ETA já matou mais de 825 pessoas. O grupo já havia anunciado um cessar fogo permanente em 2006, que terminou com a explosão de um carro bomba no principal aeroporto de Madri, que matou duas pessoas e destruiu um estacionamento. O governo espanhol mantém a postura de que uma negociação só acontecerá quando o ETA abandonar a violência.

O grupo armado basco disse que está preparado para considerar propostas. Em março, o documento conhecido como Declaração de Bruxelas, assinado por 19 pessoas influentes, com quatro laureados com o Prêmio Nobel da Paz, pediu que o ETA anunciasse um cessar fogo permanente, unilateral, incondicional e internacionalmente verificável. Entre os assinantes do documento estão o ex-presidente sul africano F.W. De Klerk, o arcebispo Desmond Tutu e o ex-líderes irlandeses Mary Robinson e John Hume.

A declaração do ETA foi divulgado um dia depois que o jornal espanhol El Pais colocou em seu website um vídeo que se acredita foi filmado pelo grupo. O vídeo mostra um homem armado praticando técnicas de assassinato atirando contra um carro. O jornal não informou como conseguiu o vídeo, que sugere que o ETA continua treinando militantes para matar.

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