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O governo americano acusa a Rússia de ter interferido nas eleições presidenciais de 2016, que elegeram Donald Trump | SAUL LOEB/
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O governo americano acusa a Rússia de ter interferido nas eleições presidenciais de 2016, que elegeram Donald Trump| Foto: SAUL LOEB/ AFP

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (15) novas sanções contra a Rússia por interferência nas eleições presidenciais de 2016, que elegeram Donald Trump. Ao todo, cinco empresas e 19 russos terão seus bens bloqueados e estão proibidas de fazer negócios com cidadãos americanos. Ao menos 13 já foram indiciados pelo promotor especial Robert Mueller.

Os alvos da medida incluem o Serviço Federal de Segurança russo (FSB, na sigla original), que sucedeu a KGB; a Diretoria Principal de Inteligência (GRU), ligada à inteligência militar do país; Yevgeniy Prigozhin, próximo ao presidente russo Vladimir Putin; e a agência russa Internet Research Agency, que seria responsável por orquestrar ataques online durante a campanha eleitoral americana. 

Contando com as sanções desta quinta-feira (15), os EUA já penalizaram mais de 100 pessoas e empresas russas.  

"O governo está confrontando e se opondo a atividades cibernéticas malignas russas, incluindo sua tentativa de interferir nas eleições dos EUA, ataques destrutivos e invasões com objetivo de prejudicar áreas da infraestrutura", diz o comunicado do Tesouro.  

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Segundo a pasta, o governo russo tem feito ciberataques a entidades estatais e diversos setores da infraestrutura americana desde, pelo menos, março de 2016.  

"Além de enfrentar a atividade cibernética maligna da Rússia, o Tesouro continua a pressionar o país por suas tentativas de desestabilizar a Ucrânia, ocupar a Crimeia, intrometer-se nas eleições e também por sua corrupção endêmica e abuso de direitos humanos", afirma o texto.  

Ataques

Segundo os EUA, agentes ligados ao governo russo monitoraram até servidores da Casa Branca, diplomatas, membros das Forças Armadas e oficiais de cibersegurança do país, por meio do FSB, enquanto que o órgão de inteligência militar (GRU) estava "diretamente envolvido em interferir nas eleições americanas de 2016".  

O grupo também teria promovido ataques à infraestrutura do país, monitorando os setores de energia nuclear, de aviação e de abastecimento -o que motivou um alerta do FBI e do Departamento de Segurança Interna.  

Entre os ciberataques articulados pelos agentes russos, estaria o NotPetya, em junho do ano passado, que danificou a infraestrutura de comunicações da Ucrânia e atingiu computadores em todo o mundo. Nos EUA, hospitais ficaram sem acesso a registros eletrônicos por mais de uma semana, e houve prejuízos ao comércio internacional e a laboratórios.  

"Foi o ciberataque mais destrutivo e custoso de toda a história", informou o departamento do Tesouro, em nota.  

Com as sanções, serão bloqueados bens e ativos nos EUA pertencentes aos alvos, que também não poderão fazer transações financeiras com qualquer cidadão ou entidade americana.

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