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Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante uma conferência no palácio presidencial de Miraflores em Caracas | JUAN BARRETO/AFP
Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante uma conferência no palácio presidencial de Miraflores em Caracas| Foto: JUAN BARRETO/AFP

Os Estados Unidos aumentaram nesta sexta-feira (25) a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, com o anúncio de sanções que proíbem a compra de novos bônus lançados pela Venezuela ou pela petroleira estatal PDVSA. As medidas não atingem os papéis já emitidos pelo país e negociados no mercado secundário de títulos.  

A decisão restringe de maneira drástica a possibilidade da Venezuela de captar recursos no mercado para financiar sua dívida e aumenta o risco de um default. Mas elas não atingem as exportações de petróleo do país, que são sua principal fonte de recursos. Os EUA isentaram das sanções bônus da PDVSA com prazo inferior a 90 dias, o que permitirá a continuidade da comercialização de seus produtos. Também não serão atingidos os papeis soberanos com prazo menor que 30 dias. 

As sanções atingem apenas dois títulos já existentes. Segundo a Casa Branca, esses papéis são detidos exclusivamente por entidades dentro da Venezuela e foram incluídos para evitar que o governo os usasse com o objetivo de contornar a proibição de compra de novos bônus por americanos. 

Estratégia 

"Essas medidas são cuidadosamente calibradas para negar à ditadura de Maduro uma fonte crítica de financiamento para manter seu poder ilegítimo, proteger o sistema financeiro dos Estados Unidos de cumplicidade com a corrupção da Venezuela e o empobrecimento do povo venezuelano e permitir assistência humanitária", disse a nota divulgada pela Casa Branca.  

Essas são as primeiras medidas dos EUA que atingem a economia do país e não determinados indivíduos ligados ao governo. Desde o início do ano, 30 autoridades venezuelanas foram alvo de sanções, que abrangeram o congelamento de eventuais bens que tenham sob jurisdição americana. (Cláudia Trevisan, correspondente)

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