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O Irã foi censurado no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira pela repressão violenta ao levante ocorrido após a eleição presidencial de 2009, no que os Estados Unidos classificaram de vitória para o povo iraniano.

No total, 56 países, incluindo os EUA, endossaram uma declaração (de iniciativa norte-americana) expressando preocupação com as prisões e execuções de dissidentes no Irã, repreendendo Teerã por suspender liberdades fundamentais de expressão, de imprensa e de reunião.

"Fomos capazes de adquirir amplo apoio inter-regional para essa iniciativa, de todas as regiões do mundo, numa conjuntura muito crucial para a população do Irã", disse a embaixadora dos EUA Eileen Chamberlain Donahoe a jornalistas.

Usando uma echarpe verde no pescoço, Donahoe classificou o texto como "uma declaração de solidariedade para com o Movimento Verde dentro do Irã".

"A brutalidade e a violência cometidas pelo regime iraniano contra os defensores de direitos humanos e manifestantes pacíficos são doentias", afirmou ela.

Apoiado por aliados muçulmanos, entre outros, o embaixador do Irã, Hamid Baeidi Nejad, inicialmente fez objeções ao texto com bases procedimentais, mas depois permitiu que ele fosse lido por inteiro pelo enviado da Noruega, Bente Angell-Hansen.

A declaração, que não tem poder coercitivo, aumenta a pressão sobre o Irã, depois que o Conselho de Segurança da ONU ampliou as sanções punitivas contra Teerã na semana passada, alegando que o programa de energia nuclear cercado de sigilo do país é uma iniciativa para desenvolver bombas atômicas.

Os EUA integraram o Conselho pela primeira vez no ano passado, após vencer uma eleição para o fórum em Genebra criado em 2006.

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