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Defensores do presidente deposto Manuel Zelaya protestam contra a violência das forças do governo interino, que já deixou dois mortos em Tegucigalpa, capital hondurenha: repressão militar aumenta | Yuri Cortez/AFP
Defensores do presidente deposto Manuel Zelaya protestam contra a violência das forças do governo interino, que já deixou dois mortos em Tegucigalpa, capital hondurenha: repressão militar aumenta| Foto: Yuri Cortez/AFP

Pela Constituição, Zelaya não volta ao poder

Quando conseguir voltar a Honduras, o que lhe foi negado no domingo, o presidente deposto Manuel Zelaya não poderá reassumir o cargo – nem qualquer outra função pública. É o que reza a Constituição hondurenha, que inaugurou a redemocratização do país em 1982. Pelo artigo 239, qualquer hondurenho que tente reformar a lei constitucional que proíbe a reeleição (por mandato consecutivo ou não) "cessará de imediato de desempenhar seus cargos respectivos e se tornará inapto por dez anos para o exercício de funções públicas".

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Nova Iorque e Tegucigalpa - Os EUA condenaram ontem a violência nos protestos que antecederam a tentativa de regresso do presidente deposto Manuel Zelaya a Honduras e descartaram uma possível reunião com uma delegação do novo governo hondurenho. A secretária de Estado, Hillary Clinton, no entanto, deve se encontrar hoje com Zelaya, em Washington.

"Nós condenamos o uso da força contra manifestantes em Tegucigalpa nos últimos dias e mais uma vez apelamos para que o governo interino e todos os atores políticos e sociais envolvidos em Honduras parem com os atos de violência’’, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ian Kelly. O porta-voz também afirmou que a restauração da democracia em Honduras significa o retorno de Zelaya.

A crise no país começou no dia 28, quando Manuel Zelaya foi deposto por militares no dia em que pretendia promover uma consulta popular sobre uma Assembleia Constituinte que a Justiça e o Congresso hondurenhos haviam declarado ilegal.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou na madrugada de domingo a suspensão do país e incentivou os países-membros a reverem relações de colaboração com Honduras, o terceiro país mais pobre da região, atrás apenas do Haiti e da Nicarágua.

Morte

Ontem, o governo hondurenho confirmou a segunda morte durante o confronto entre manifestantes e forças de segurança no domingo. Apenas um morto foi identificado: o jovem Isy Obed, 19 anos, atingido com um disparo na cabeça.

O governo interino fechou ontem o aeroporto internacional por 48 horas. O toque de recolher já dura nove dias.

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