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Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul pressionaram China e Rússia nesta segunda-feira a ajudarem a resolver as tensões na península da Coreia, enquanto o presidente chinês, Hu Jintao, alertava seu colega norte-americano, Barack Obama, para o risco de a situação "sair do controle."

Numa demonstração de apoio a Seul depois do bombardeio norte-coreano a uma ilha da Coreia do Sul, em 23 de novembro, o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior dos EUA, embarcará nesta noite para uma reunião com autoridades sul-coreanas.

Em Washington, a secretária de Estado Hillary Clinton abriu o que disse ser uma reunião "histórica" com os chanceleres do Japão e da Coreia do Sul, e disse que os três países compartilham graves preocupações com "os ataques provocativos da Coreia do Norte."

"Estamos comprometidos com os nossos parceiros e estamos comprometidos com a preservação da paz e da estabilidade no Nordeste da Ásia e na península coreana," disse Hillary.

O chanceler japonês Seiji Maehara disse, em comentários ecoados por seu colega sul-coreano, Kim Sung-hwan, que os três países esperam mais cooperação por parte de Pequim e Moscou, que não parecem tão dispostos a endurecer com Pyongyang.

"Vamos transformar esta reunião em uma que irá obter o firme envolvimento da China e da Rússia nos nossos esforços," disse Maehara.

A China não foi convidada para a reunião tripartite em Washington. Mas o trio deveria discutir uma proposta chinesa para a convocação de uma reunião regional de emergência sobre a crise.

A Casa Branca disse que Obama, em conversa por telefone com Hu, pediu a Pequim que colabore com os EUA e com outros governos para "enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte de que suas provocações são inaceitáveis."

A conversa entre Obama e Hu ocorreu no mesmo dia em que a Coreia do Sul iniciou exercícios navais com munição real, e 13 dias após o bombardeio norte-coreano à ilha de Yeonpyeong.

"Especialmente com a presente situação, se não for tratada adequadamente, as tensões podem crescer na península da Coreia e escapar ao controle, o que não seria do interesse de ninguém," afirmou Hu, segundo nota da chancelaria chinesa.

Hu disse que a China "lamenta profundamente" as mortes no incidente, mas Pequim evitou citar culpados. "Precisamos atenuar (as tensões), não agravá-las; diálogo, não confronto; paz, não guerra," disse Hu a Obama.

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