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Lavrov, Kerry e Brahimi explicaram em entrevista coletiva que pedido de trégua seria adotado durante as discussões sobre a situação na Síria | Philippe Wojaze/Reuters
Lavrov, Kerry e Brahimi explicaram em entrevista coletiva que pedido de trégua seria adotado durante as discussões sobre a situação na Síria| Foto: Philippe Wojaze/Reuters

Líderes voltam a defender inclusão do Irã

O chanceler russo Sergei Lavrov e o enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi, defenderam a participação do Irã na conferência de paz, o que havia sido negado nos últimos meses por EUA, França, Reino Unido e Arábia Saudita. O secretário norte-americano John Kerry disse que a república islâmica é bem-vinda, desde que aceite a proposta da transição política na Síria.

Kerry sustentou que Teerã ainda "tem que decidir se apoia a aplicação do comunicado de Genebra", de junho de 2012, que prevê um governo de transição dotado de todos os poderes. Os países ocidentais dizem que o documento significa a saída de Bashar Assad, o que é negado por Rússia e China.

Brahimi, que convidou a Arábia Saudita, mas não enviou nenhum convite ao Irã, insistiu na importância deste país na região, e repetiu que "deseja sua participação no encontro". Kerry e Lavrov devem defender a presença de Teerã em encontro com o chanceler francês, Laurent Fabius.

Folhapress

  • Bairro de Homs atingido por ataque do Exército ontem: 19 pessoas morreram na cidade

Os Estados Unidos e a Rússia pediram ontem um cessar-fogo na Síria entre o regime do ditador Bashar Assad e os rebeldes moderados durante a conferência sobre a guerra civil no país, marcada para o próximo dia 22, em Montreux, na Suíça.

A intenção do secretário de Estado americano, John Kerry, e do chanceler russo, Sergei Lavrov, é promover no período de trégua a troca de prisioneiros entre Damasco e os insurgentes, e a criação de um corredor humanitário no país.

"Discutimos hoje a possibilidade de tentar encorajar um cessar-fogo, talvez um cessar-fogo começando por Aleppo", disse Kerry, em entrevista coletiva, em referência à província do norte sírio que faz fronteira com a Turquia.

Já Lavrov afirmou que o regime de Bashar Assad está considerando as propostas feitas por ele, Kerry e o enviado especial da ONU à Síria, Lakhdar Brahimi. Os três propõem a continuidade das negociações sobre a transição política no país, paralisadas desde a primeira conferência sobre a Síria, em junho de 2012.

Boicote

Apesar da participação de representantes de diversos países da região e das potências mundiais, o encontro pode terminar em fracasso. O Exército Livre Sírio, principal força moderada, boicotou o evento e defende a continuidade dos combates para derrubar Assad à força.

Por outro lado, aumentou a presença de combatentes radicais islâmicos, como os membros da Frente al-Nusra e do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ambos vinculados à Al-Qaeda. Nas últimas semanas, os dois grupos brigam com os rebeldes moderados pelas diversas áreas em todo o país.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que o Estado Islâmico tomou conta da cidade de Al Bab, na Província de Aleppo, que estava nas mãos de rebeldes moderados. Ontem, 19 pessoas morreram em ataques do Exército a dois bairros de Homs.

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