Turquia e EUA acordaram um plano no qual as forças turcas, aviões de guerra americanos e insurgentes sírios vão trabalhar em conjunto para varrer o Estado Isâmico (EI) de uma faixa no Norte da Síria de cerca de 100km ao longo da fronteira com a Turquia, informaram autoridades de ambos os países, segundo o jornal “New York Times”.
O plano prevê a criação de uma área controlada por rebeldes sírios moderados, o que também poderia ser um local seguro para sírios deslocados.
Enquanto muitos detalhes ainda serão acertados, incluindo a extensão dessa área na Síria, o plano iria intensificar significativamente a ação militar americana e turca contra os militantes do Estado Islâmico no país, bem como a coordenação dos Estados Unidos com os insurgentes sírios em terra.
Ataque a curdos
No terceiro dia de ofensiva da Turquia contra o EI na Síria, milícias curdas que combatem jihadistas acusaram as forças turcas de atacarem suas posições em uma aldeia, causando ao menos quatro feridos -- turcos e curdos têm uma rivalidade histórica.
Uma autoridade turca, no entanto, rebateu a acusação e afirmou que as operações militares da Turquia na Síria e no Iraque não têm como alvo os curdo-sírios.
“As operações em andamento têm por objetivo neutralizar as ameaças contra a segurança nacional turca (...) O PYD (principal partido curdo na Síria), junto a outros, não forma parte dos alvos de nossas operações militares”, declarou à AFP sob condição de anonimato este funcionário.
A ofensiva começou depois de um atentado reivindicado pelo EI a Suruc, que matou 32 pessoas, a maioria jovens ativistas.
