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Referência à escravidão

EUA investigam envio em massa de mensagens racistas nos dias seguintes à eleição

O FBI informou que está investigando, junto a outros órgãos, o envio em massa de mensagens de cunho racista após as eleições dos EUA (Foto: Ernesto Mastrascusa / EFE)

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Em comunicado emitido na última quinta-feira (7), o FBI informou que está investigando, junto a outros órgãos, o envio em massa de mensagens de cunho racista nos Estados Unidos.

O FBI afirmou estar "ciente das mensagens de texto ofensivas e racistas enviadas a indivíduos em todo o país, e está em contato com o Departamento de Justiça e outras autoridades federais sobre o assunto".

Alguns registros desses casos foram divulgados pelo Southern Poverty Law Center (SPLC), uma organização sem fins lucrativos especializada em direitos civis. O SPLC indicou que jovens negros de estados como Alabama, Georgia, entre outros, receberam mensagens de texto racistas de um número desconhecido, um dia após o resultado da eleição presidencial de 2024, com conteúdo de referência ao período da escravidão.

“América não é isso”, diz jovem que recebeu mensagem

Em entrevista ao portal de notícias ANF, um jovem de 27 anos, chamado Devereaux Adams, disse que foi uma das pessoas que recebeu a mensagem, no dia 6 de novembro. “Eu sei que a América não é isso. Eu não vou deixar o ódio me atingir, eu não vou ficar aqui sentado e aguentar isso”, afirmou ao portal.

O filho de 16 anos de Johnson Sainvil também recebeu a mensagem. O pai falou ao portal sobre o acontecido. “Não sabemos quem está por trás disso, o que é muito assustador agora”, disse Sainvil.

Ele, que tem formação em TI, afirmou que tentou rastrear a origem da mensagem. Disse que ligou para o número do telefone e, na caixa postal, identificou que o remetente utilizou a plataforma chamada TextNow, um aplicativo de chamadas e mensagens de texto que funciona como uma segunda linha telefônica gratuita.

Em um pronunciamento, a TextNow informou que “descobriu que uma ou mais contas foram usadas para enviar mensagens de texto em violação aos nossos termos de serviço”. Há suspeita de que as mensagens “parecem geradas por robôs”.

A porta-voz da campanha de Donald Trump, Karoline Leavitt, afirmou que “a campanha presidencial não tem absolutamente nada a ver com essas mensagens de texto”.

A Casa Branca também se pronunciou, condenando a ação.

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