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Vacina da Johnson & Johnson foi aprovada nos EUA no fim de fevereiro para uso emergencial| Foto: SCOTT OLSON / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

Três semanas depois que a Food and Drug Administration, agência reguladora de medicamentos dos EUA, aprovou a vacina de dose única da Johnson & Johnson, "2,3 milhões das 4,3 milhões de doses da vacina distribuídas foram realmente aplicadas", informou o site de notícias americano Politico. Isso representa apenas 53,4% de doses aplicadas, uma decepção abissal.

E, assim como nas primeiras semanas em que as vacinas da Moderna e da Pfizer começaram a ser usadas, ninguém tem certeza do que está atrasando a vacinação.

"Ao longo das últimas duas semanas, funcionários de cargos importantes no governo Biden se reuniram em particular para tentar determinar o que aconteceu. Dois deles acreditam que os estados estão conservando seus suprimentos de doses da J&J até que haja o suficiente para alcançar comunidades carentes e grupos específicos, como professores ou pessoas com deficiência. Mas vários funcionários estaduais dizem que estão usando tudo o que recebem assim que podem", afirma a reportagem do Politico, publicada na segunda-feira (22).

A ideia de "conservar seus suprimentos de doses da J&J até que haja o suficiente para alcançar comunidades carentes e grupos específicos, como professores ou pessoas com deficiência" não faz sentido. Você não alcança comunidades carentes, ou qualquer pessoa, se não estiver usando as doses. Se você quer vacinar mais professores ou pessoas com deficiência, convoque professores ou pessoas com deficiência para a imunização. Abra mais locais de vacinação. Mantenha-os funcionando por mais horas. Descubra onde sua população-alvo está mais densamente agrupada e leve a vacina para esse local.

Não há absolutamente nenhuma vantagem para a saúde pública em esperar e estocar as doses de vacina para serem usadas no futuro. Por que isso é tão difícil de entender?

No geral, até a manhã de segunda-feira (22), os Estados Unidos administraram 79% das vacinas distribuídas aos estados. Isso não é ruim, mas também não é ótimo. O número já foi mais baixo, 74%, e mais alto, 83,9% – variação registrada em uma semana no final de fevereiro. Felizmente, os estados estão vacinando mais rápido – perto de uma média de 2,5 milhões de doses administradas por dia – mas os fabricantes de vacinas estão mais entusiasmados na produção e entrega: “A produção mensal dos EUA para as três vacinas autorizadas deve chegar a 132 milhões doses para março, quase o triplo dos 48 milhões de fevereiro".

Muitos conservadores perceberão que o setor privado, encarregado de desenvolver e fabricar as vacinas e entregá-las aos estados, está fazendo um trabalho excelente. Já o setor público, quem é realmente encarregado de colocar as doses da vacina nos braços dos americanos, é muito imprevisível.

* Jim Geraghty é correspondente político sênior da National Review.

© 2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês

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