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Donos de restaurante almoçam entre mesas vazias em frente ao monumento Arco della Pace, na Piazza Sempione, em Milão, em protesto contra o fechamento prolongado de seus negócios, no dia 6 de maio.
Donos de restaurante almoçam entre mesas vazias em frente ao monumento Arco della Pace, na Piazza Sempione, em Milão, em protesto contra o fechamento prolongado de seus negócios, no dia 6 de maio.| Foto: Piero CRUCIATTI / AFP

Alguns países europeus começarão, nesta semana, a reabrir fronteiras no continente após três meses de isolamento como forma de tentar conter a propagação do novo coronavírus. Os fluxos dos Estados Unidos, da Ásia, América Latina e Oriente Médio, entretanto, ainda estão impedidos.

O movimento ocorre após a comissária de assuntos internos da União Europeia, Ylva Johansson, ter dito aos países membros do grupo na semana passada que eles "deveriam abrir (as fronteiras) o mais rápido possível". A orientação foi seguida por muitos países, que começaram a permitir o trânsito de pessoas por países pertencentes à UE.

Ontem, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, reconheceu que "tudo vai depender de as pessoas se sentirem confortáveis em viajar e se podemos projetar a Grécia como um destino seguro". Na ocasião, ele lembrou a forma que o país lidou com a pandemia, com apenas 183 mortes. Com a chegada do verão, a importância da reabertura aumenta para países dependentes do turismo, como a Grécia.

Em outras regiões do continente os controles de fronteira já foram suspensos, como na Itália, Alemanha e Polônia.

Os italianos abriram as fronteiras em 3 de junho, enquanto os poloneses retiraram uma cerca improvisada na fronteira germano-polonesa ontem. Os alemães e os franceses devem suspender os bloqueios restantes a partir de amanhã, enquanto a Áustria permitirá o retorno dos fluxos estrangeiros na terça-feira para os vizinhos europeus, exceto Espanha, Portugal, Suécia e Grã-Bretanha.

Já na Grã-Bretanha, há um requisito de autoquarentena de 14 dias para a chegada da maioria dos lugares, o que deve afetar consideravelmente as visitas ao país neste verão, segundo as indústrias de turismo e aviação.

Da mesma forma, a Dinamarca está permitindo apenas turistas da Alemanha, Noruega e Islândia, e apenas se puderem provar que ficarão no país por pelo menos seis noites.

Reabertura da Espanha

As restrições a viagens domésticas na Espanha, entretanto, vão continuar por pelo menos mais uma semana, com o retorno completo do turismo estrangeiro em 1º de julho. A partir de amanhã, porém alemães estão autorizados a viajarem para as Ilhas Baleares por um período experimental de duas semanas.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou nesta manhã que a Espanha reabrirá suas fronteiras para visitantes da área da Schengen, na Europa, em 21 de junho. A nova data é 10 dias a mais do que o previsto anteriormente. Visitantes de Portugal, entretanto, continuam sujeitos aos bloqueios espanhóis. Segundo Sánchez, Espanha e Portugal manterão sua fronteira fechada para travessias não essenciais até 1º de julho.

Além disso, o país vai deixar de exigir que as pessoas que chegam do exterior permaneçam em quarentena, em casa ou em um hotel, por 14 dias após a chegada, após a reabertura. O governo da Espanha já havia anunciado que em 21 de junho encerraria o estado de emergência do país instaurado para combater a pandemia do novo coronavírus. A partir de então, os espanhóis poderão circular livremente pelo país sem restrições, mas as máscaras continuarão sendo obrigatórias nos transportes públicos e nos espaços de aglomeração.

Na segunda-feira, as Ilhas Baleares da Espanha testam uma estratégia de reabertura, recebendo os primeiros voos da Alemanha de turistas que serão isentos de quarentena. As ilhas planejam receber até 10.900 alemães durante o período de duas semanas.

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