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De máscara, visitantes fazem selfie com o quadro da Monalisa ao fundo, no Museu do Louvre, em Paris.
De máscara, visitantes fazem selfie com o quadro da Monalisa ao fundo, no Museu do Louvre, em Paris.| Foto: AFP

A Europa respondeu por quase metade dos 4 milhões de novos casos de coronavírus no mundo na semana passada. Ao mesmo tempo, registrou uma queda de quase 10% nas infecções em comparação com a semana anterior, em parte graças às rígidas medidas de bloqueio do governo que geraram descontentamento, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na quarta-feira (18).

A última contagem semanal da agência de saúde da ONU revelou que os 54 países do continente continuaram a relatar a maioria dos novos casos de qualquer região do mundo, 46%, mas seu declínio nos casos seguiu "o fortalecimento da saúde pública e medidas sociais".

Junto à queda de novos casos, entretanto, a contagem de mortes causadas pelo vírus ainda aumentou substancialmente na Europa na última semana, para mais de 29 mil novos óbitos, disse a OMS.

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A filial da organização nas Américas viu um aumento de 41% em novos casos, sugerindo que um número maior de mortes semanais pode ocorrer em breve. O Sudeste Asiático foi a única região que registrou queda nos casos e mortes.

Na Europa, a OMS disse que o aumento mais acentuado nos casos de coronavírus foi na Áustria, que viu um aumento de 30% quanto a novos casos em comparação com a semana anterior. A OMS também observou que o Reino Unido foi o primeiro país da região a registrar mais de 50 mil mortes.

Europa Ocidental registra sinais de melhora

Na quarta-feira (18), a Bélgica disse que deu um grande passo para conter o ressurgimento do coronavírus no país, relatando uma queda na contagem diária de mortes pela primeira vez desde a última onda da Covid-19 no outono (no Hemisfério Norte).

O virologista belga Steven Van Gucht disse que a média diária de mortes por vírus na Bélgica agora é de 185, uma redução de 5% em comparação com a média da semana anterior.

Funcionários na Holanda estavam diminuindo as restrições de combate ao coronavírus em meio à queda nas taxas de infecção e se viam prontos para reabrir locais como cinemas, museus, bibliotecas, zoológicos e piscinas - ainda com limitações de quantas pessoas podem visitar. O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, saudou, inclusive, uma tendência "positiva" de queda, mas disse que a contagem de casos ainda era muito alta. Ele alertou o país para permanecer em um bloqueio parcial. Em meados de outubro, as taxas de infecção holandesas estavam entre as piores da Europa.

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A Suíça, que registrou uma das taxas de transmissão mais altas do mundo nas últimas semanas, aumentou na quarta-feira (18) o apoio do governo para ajudar as pessoas afetadas pelo vírus e por medidas de bloqueio - incluindo um extra de 1 bilhão de francos suíços em ajuda estatal.

Autoridades regionais em Genebra observaram uma estabilização nos testes de Covid-19 positivos nos últimos dias e abrandaram algumas restrições antes impostas a cabeleireiros, estúdios de tatuagem, terapeutas, entre outros.

Confusão em Berlim

Enquanto isso, algumas pessoas na Alemanha estão ficando cada vez mais inquietas com a perspectiva de aumento das medidas de bloqueio. Em Berlim, a polícia disparou canhões de água na quarta-feira (18) contra manifestantes que protestavam contra as restrições perto do famoso Portão de Brandemburgo e da sede do governo federal.

A confusão irrompeu depois que as multidões ignoraram os pedidos para usar máscaras e manter distância umas das outras de acordo com as regras, enquanto legisladores alemães debatiam um projeto de lei que poderia fornecer a base legal para o governo emitir normas de distanciamento social, exigir máscaras em público e fechar lojas e outros locais para retardar a propagação do vírus.

A maioria das pessoas na Alemanha apoia essas regras, mas uma minoria faz manifestações regulares argumentando que as restrições violam a constituição. "Queremos nossas vidas de volta", trazia uma placa carregada por manifestantes em Berlim.

A Alemanha foi elogiada pelo modo como lidou com a primeira onda do vírus, mas, como em muitas partes da Europa, viu um aumento acentuado de novas infecções nas últimas semanas. No geral, o país tem 867 mil casos de coronavírus e mais de 13 mil mortes confirmadas, um quarto do total de óbitos da Grã-Bretanha.

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