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Muitos escaladores tiveram que fazer fila para chegar ao cume do Everest,na temida "zona da morte"
Muitos escaladores tiveram que fazer fila para chegar ao cume do Everest,na temida “zona da morte”| Foto: Nirmal Purja/Project Possible/AFP

Subiu para dez, neste sábado (25), o número de mortos no pico do Everest, o mais elevado do planeta, no Nepal, na atual temporada de escalada da região – o dobro do número registrado de vítimas da temporada anterior.

Foram confirmadas as mortes de um alpinista britânico e outro irlandês. Também morreram um alpinista americano, um austríaco, um nepalês e quatro indianos. Um irlandês está desaparecido e foi dado como morto depois de cair perto do pico.

Atraídos por dias de clima mais claro, quase 600 alpinistas alcançaram o topo do Everest até sexta (24), de acordo com as autoridades nepalesas, na esperança de escalar a montanha, de 8.848 metros de altitude.

Nesta temporada, o Nepal emitiu 381 autorizações para escaladores, segundo a agência de notícias AFP. Elas custam cerca de US$ 11 mil, e os montanhistas são acompanhados de guias locais. Como cada titular da permissão é acompanhado por um guia, mais de 750 pessoas estão na rota para a escalada.

Esse grande fluxo, porém, cria perigosos engarrafamentos na chamada "zona da morte" - onde a altitude ultrapassa 8.000 metros acima do nível do mar e ao menos quatro pessoas morreram.

A foto que mostra uma longa fila de montanhistas esperando para subir um trecho íngreme da rota para o cume viralizou na internet. Publicada por Nirmal Purja no Instagram, traz na legenda um cálculo de que cerca de 320 pessoas estavam na fila.

Contudo, a longa espera para chegar o cume é comum durante a temporada de escalada, dependendo da janela de boas condições climáticas.

Mingma Sherpa, chefe de uma agência de expedições, explicou à BBC que, se o período de tempo bom for de uma semana, o topo da montanha não estará lotado, mas quando há apenas uma janela de dois ou três dias, ele fica muito cheio, já que todos os escaladores tentam alcançar o cume ao mesmo tempo.

As expedições ao Everest também ficaram mais populares. Pessoas com pouco preparo físico para enfrentar o desafio acabam atrasando os demais, o que contribui para o tráfego intenso.

O problema é que, ao esperar na fila, além das condições extremas da altitude, como o frio intenso e o ar rarefeito, muitas pessoas correm o risco de ver acabar o oxigênio de seus cilindros, especialmente na decida.

Em 2018, cinco pessoas morreram no Everest. Nas temporadas de 2017 e 2016, foram registrados seis mortos. Desde 1922, mais de 200 pessoas morreram na zona da morte da montanha mais alta do mundo.

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