Peter Navarro, ex-assessor do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, foi libertado nesta quarta-feira (17) da prisão em Miami após cumprir uma pena de quatro meses por desrespeitar uma intimação do Congresso relacionada com a investigação do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
De acordo com a campanha do ex-presidente Trump, o ex-conselheiro econômico da Casa Branca pretende comparecer à Convenção Nacional Republicana, que começou na segunda-feira (15) em Milwaukee e terminará nesta quinta-feira (18).
O ex-presidente americano, que já foi proclamado na segunda-feira como candidato oficial republicano, disse no mês de maio que voltaria a contratar Navarro se regressasse à Casa Branca.
Navarro completou sua sentença nesta quarta em uma prisão federal de Miami depois de ser condenado em 2023 por duas acusações de desacato ao Congresso por não apresentar documentos relacionados à investigação e por evitar prestar depoimento perante o comitê da Câmara dos Representantes que investigou o ataque ao Capitólio.
Os investigadores do Congresso queriam recolher o depoimento do ex-funcionário da Casa Branca sobre as suas ações após as eleições de 2020, nas quais o atual presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, foi o vencedor.
Navarro, que se entregou às autoridades em 19 de março, fracassou na tentativa de evitar a prisão enquanto apelava da sua condenação, depois de o juiz do Supremo Tribunal dos EUA, John Roberts, ter rejeitado um pedido feito pela sua defesa.
Ao longo do processo judicial, Navarro afirmou que acreditava que, com base na invocação de privilégio executivo pelo então presidente Trump, não precisava cumprir as exigências do comitê da Câmara.
Antes de entrar na prisão, Navarro afirmou que sua sentença foi “um ataque sem precedentes à separação constitucional de poderes”.
Durante o julgamento, o Ministério Público afirmou que Navarro demonstrou “total desprezo” pelo comitê da Câmara que investigava a suposta insurreição.
Pelo ataque ao Capitólio, Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, também foi condenado a quatro meses de prisão por desacato, mas outro tribunal decidiu que poderia ficar em liberdade enquanto aguarda a resolução de um recurso.
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