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Trinta e quatro ex-militares uruguaios foram intimados pelo Procurador de Roma, Giancarlo Capaldo, para depor na investigação sobre o Plano Condor, aliança político-militar realizada pelas ditaduras sul-americanas nos anos 1970 e 1980, responsável pelo desaparecimento de vários cidadãos italianos.

Segundo o jornal Ultimas Noticias, entre os intimados pela procuradoria romana estão o ex-ditador Juan María Bordaberry, o ex-chanceler Juan Carlos Blanco, e os militares José Gavazzo e Ernesto Ramas.

Com a juíza Luisana Figliola, Capaldo é responsável pelo caso que investiga a coordenação repressiva realizada pelas ditaduras do Uruguai, Chile, Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai, consideradas responsáveis pelo desaparecimento e assassinato de pelo menos 25 cidadãos de nacionalidade italiana.

A notificação pode levar em breve a um pedido de extradição da Justiça italiana, que emitiu ordens de prisão internacional para mais de cem ex-militares e líderes civis de governos da região.

Advogados dos ex-militares disseram ao jornal que no princípio não irão responder à intimação, por considerar que ela que foi emitida por uma "via improcedente".

O pedido italiano representa uma "infração à nossa justiça e governo" e foi emitida com um "procedimento totalmente irregular", afirmou em um site na internet o coronel na reserva Ramas, processado por violações aos direitos humanos na ditadura uruguaia (1973-1985) e internado no Hospital Militar.

Dentre as intimações, também está a do ex-marinheiro Jorge Troccoli, que reside na Itália e está sendo processado no Uruguai. Troccoli, que tem cidadania italiana, estava sob prisão preventiva desde 23 de dezembro de 2007, mas foi libertado três meses depois, devido ao atraso da emissão do pedido de extradição por parte do governo uruguaio.

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