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Participantes do Fórum Global sobre América Latina e Caribe alertaram para ameaça de regimes autoritários na região
Participantes do Fórum Global sobre América Latina e Caribe alertaram para ameaça de regimes autoritários na região| Foto: EFE/Funglode/GFDD

A ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla fez nesta sexta-feira (24) fortes críticas à falta de união entre os países da América Latina, alegando o silêncio em relação ao que está acontecendo na Nicarágua, onde, segundo ela, “uma ditadura no melhor estilo da Coreia do Norte está à beira de se consolidar”.

“Estamos a apenas seis semanas da consolidação de uma ditadura no melhor estilo da Coreia do Norte na Nicarágua, no coração das Américas”, disse, durante o Fórum Global sobre América Latina e Caribe, realizado em Nova Iorque e organizado pela Fundação Global Democracia e Desenvolvimento, presidida e fundada pelo ex-presidente da República Dominicana Leonel Fernández. Os três fóruns realizados até agora pela organização ocorreram em meio à realização da Assembleia Geral das Nações Unidas.

A Nicarágua vai realizar eleições gerais para presidente e deputados em 7 de novembro, em um panorama no qual o presidente Daniel Ortega busca mais uma reeleição e os principais candidatos da oposição estão presos ou inabilitados.

Durante o primeiro dia do fórum, no Union League Club, em Manhattan, foi discutido o tema da democracia na região, tendo os analistas alertado sobre a tendência do surgimento de governos populistas e autocráticos.

Entre eles, Daniel Zovatto, diretor regional para a América e o Caribe do Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea International), partilhou seu ponto de vista, afirmando que a região vive um momento de profundas mudanças políticas, com vários de seus países sofrendo de erosão e deterioração democrática, e a ameaça do surgimento de novos regimes autoritários.

Ele afirmou que o maior risco é que este novo superciclo eleitoral, em consequência do complexo atual cenário econômico-social, inquietação popular e falta de confiança nas elites e partidos tradicionais, abra caminho para maior polarização, instabilidade e uma governabilidade cada vez mais complexa e que facilite a chegada ao poder de novos líderes populistas.

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