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A família do estudante que matou 32 pessoas em um campus na Virgínia, nos Estados Unidos, autorizou a universidade americana a entregar os arquivos sobre a saúde mental do jovem para o painel governamental que está investigando o caso. Cho Seung-hui, de 23 anos, atirou em colegas e professores antes de se matar, em 16 de abril. Foi o pior caso de assassinato em massa da história dos Estados Unidos.

Os dados sobre o estado mental do atirador até agora estavam protegidos pela legislação americana, que impede a divulgação de informações médicas e estudantis de seus cidadãos, por questão de privacidade, mesmo após a morte. O líder do grupo de investigação, W. Gerald Massengill, havia dito anteriormente que não hesitaria em ir a um tribunal para conseguir o acesso.

A família de Cho deu a autorização no final da semana passada e os documentos foram entregues na última quarta, mas ainda não foram analisados. Nenhuma das informações será tornada pública, segundo Massengill. "Esses não são todos os dados que precisaremos, mas com certeza são alguns dos que realmente precisamos dar uma olhada", disse ele.

A negociação para a entrega do material estava ocorrendo desde maio. Os membros do painel de investigação não têm poderes para obter registros ou testemunhos e estavam frustrados com a dificuldade para obter os dados de Cho na universidade.

Em dezembro de 2005, o estudante foi internado, contra sua vontade, em um centro de tratamento mental, onde passou uma noite para avaliação, depois de uma colega reclamar de mensagens de computador enviadas por ele. Na ocasião, Cho foi considerado um perigo para si mesmo, mas não para outros –e por isso foi ordenado a receber tratamento fora da instituição. Não há indícios de que esse tratamento tenha sido aplicado.

O grupo de investigação disse que está especialmente interessado na vida de Cho durante os anos de ensino médio. Segundo relatos de seus colegas, o jovem, que mudou da Coréia do Sul para os Estados Unidos, era alvo constante de gozações dos colegas na escola, por sua timidez e pelo seu jeito de falar.

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