Parentes fizeram apelos emocionais por misericórdia neste domingo (26) ao governo da Indonésia, somando suas vozes às de governos estrangeiros e das Nações Unidas pela revogação da pena por fuzilamento que deve ser executada nesta semana contra estrangeiros.
Além do paranaense Rodrigo Gularte, há presos de Gana, Nigéria, Filipinas e Austrália no corredor da morte, num total de dez estrangeiros.
Os pedidos de clemência foram dirigidos ao presidente Joko Widodo, cuja determinação em lidar duramente com esses crimes ganhou apoio popular em seu país, que retomou as execuções em 2013 depois de um hiato de cinco anos. Seis execuções já foram realizadas neste ano, incluindo a do brasileiro Marco Archer Moreira, em janeiro.
“Delírio”
O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte teria reagido com “surpresa” e um “discurso delirante” após receber a informação de que seria executado pela tentativa de entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína em 2004. O fato foi relatado pelo diplomata encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro, que acompanhou o anúncio, realizado no sábado (25).
O brasileiro foi condenado à morte em 2005. Desde então, a família tenta convencer as autoridades do país a rever a pena, com base num laudo médico que o diagnostica como esquizofrênico.
O anúncio da execução foi entregue também à família, mas sem estipular uma data. Pela lei do país, o aviso antecede o fuzilamento em 72 horas, o que significa que ele poderia ser morto a partir de amanhã.
O gabinete do procurador-geral disse que os avisos de que os estrangeiros iriam enfrentar um pelotão de fuzilamento após 72 horas foram entregues a sete condenados na ilha-prisão de Nusakambangan, apesar de apelos por clemência de última hora pelo governo australiano e outros.
Uma suspensão temporária da pena foi concedida ao cidadão francês Serge Atlaoui, que não estará na próxima rodada de execuções, disse um funcionário da embaixada francesa, no sábado. Não ficou claro o motivo do adiamento da sua execução.
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