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A filha do governante líbio, Aisha Kadafi, entrou nesta terça-feira com uma ação contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em um tribunal da Bélgica, acusando a aliança de assassinar quatro pessoas da família Kadafi, mortas em um bombardeio no final de abril.

Aisha acusa a Otan de ter assassinado seu irmão Seif al-Arab Kadafi, de 29 anos, seus sobrinhos Seif e Cartago, ambos de dois anos, e também sua filha, Mastoura, de apenas quatro meses, que estava na casa do tio na hora do ataque.

"O alvo foi um edifício civil, habitado por civis. Não era um quartel e muito menos um posto de comando militar" do regime líbio, diz a queixa. "A decisão da Otan de bombardear um prédio civil em Trípoli constitui um crime de guerra", disse Luc Brossollet, um dos advogados de Aisha em Bruxelas, em declarações à agência France Presse.

A Otan começou a bombardear a Líbia após ter obtido uma autorização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que através da resolução 1973 autorizou o uso da força para proteger civis líbios, que estariam sendo massacrados pelas forças de Muamar Kadafi.

Kadafi

A televisão estatal líbia divulgou nesta terça-feira uma mensagem de áudio de Kadafi, na qual o governante afirma que nunca se renderá. "Apesar das bombas, nós nunca vamos ceder. Eu estou perto do bombardeio, mas ainda estou resistindo", disse o coronel. "Nós somos mais fortes que as suas armas e que os seus aviões. As vozes do povo líbio são mais fortes que as explosões", acrescentou.

O porta-voz do governo líbio, Ibrahim Moussa, disse que hoje foi o dia de bombardeios mais pesados contra a capital. Ele afirmou que os quartéis que os aviões da Otan bombardearam hoje já haviam sido atingidos em bombardeios anteriores. Repórteres estrangeiros que estão na capital líbia disseram que os bombardeios de hoje destruíram prédios no complexo residencial e administrativo de Kadafi, o Bab al-Aziziya. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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