• Carregando...
drone XQ-58A Valkyrie
XQ-58A Valkyrie, um veículo aéreo não-tripulado de longo alcance e alta frequência subsônica, completou seu voo inaugural em 5 de março de 2019 em Yuma Proving Grounds, Arizona | Foto: Daryl Mayer/Wright-Patterson Air Force Base| Foto:

O XQ58-A Valkyrie, drone a jato projetado para voar ao lado de caças tripulados e navegar autonomamente, completou seu primeiro voo de teste na terça-feira (5) no Arizona, segundo anúncio da Força Aérea dos Estados Unidos.

O teste de voo é um grande passo para um conceito experimental de "loyal wingman", que prevê pequenos drones robóticos acompanhando jatos de combate, seja explorando a área ou absorvendo fogo inimigo. Especialistas militares sugeriram que tais sistemas seriam úteis em uma guerra entre duas nações rivais, algo que se alinha com o crescente foco do Pentágono em competir com a China e a Rússia pelo domínio militar.

O Pentágono ainda não se comprometeu com a ideia. Mas o Laboratório de Pesquisa da Força Aérea está entre várias agências militares que usam essa tecnologia, em parceria com uma empresa sediada em San Diego chamada Kratos Defense and Security Solutions para desenvolver o Valkyrie.

A Boeing, gigante do setor aeroespacial de Chicago, apresentou seu próprio protótipo de drone "loyal wingman" no mês passado em uma feira na Austrália, de acordo com a publicação Trade News. A expectativa é que sua variante alcance o primeiro voo no próximo ano.

Valkyrie tem um custo unitário estimado entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões, algo que pretende dar à aeronave um perfil de custo similar aos mísseis antiaéreos que os inimigos teoricamente disparariam contra ela. Ele é diferente dos modelos de drone mais usados nos EUA, como o MQ-9 Reaper, porque é movido a jato e pode voar em velocidades supersônicas, algo que poderia permitir que ele acompanhasse um caça F-16 ou F-35.

Valkyrie "é o primeiro exemplo de uma classe de [drone] que é definida por baixos custos de aquisição e operação, proporcionando capacidade de combate variável", disse o gerente do programa do Laboratório de Pesquisas das Forças Armadas dos EUA, Doug Szczublewski, em comunicado.

O teste também é um passo importante para a Kratos, fabricante do Valkyrie. A empresa já faz um negócio estável com os militares dos EUA para pequenos drones que os militares usam para treinos de alvos em exercícios de treinamento, e tem tentado entrar no maior mercado de caças militares que é dominado pela Lockheed Martin, Boeing e Northrop Grumman.

O presidente-executivo da Kratos, Eric DeMarco, disse em uma ligação com investidores no final do mês passado que um teste inicial bem-sucedido para o Valkyrie seria "um dos marcos mais significativos da história de Kratos".

"Também vemos 2019 como o ano em que a Kratos está estabelecida como líder mundial na classe de produto de sistema de drone aéreo não tripulado de alto desempenho, o que vemos como uma oportunidade multibilionária para nossa empresa", disse DeMarco.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]